Solte quem te amarra, quem te prende,
Dê asas à quem te surpreende, te suspende,
Porque a vida é um casulo, onde se vive as tristezas as alegrias e todos os prantos.
Tudo o que você criar, construir, amar, ou querer não passará pelo umbral da ultima morada.
Apenas o seu espírito seguirá uma viagem silenciosa...
E, da morte nada escapa ileso, nem quem está preso.
E, preso está seu coração condenado e fadado a amar silenciosamente o impossível...
A querer ardentemente a cumplicidade de um amor que só vive em romances...
E, não percebe que o tempo está passando e, na solidão, só suas mãos percorrem seu corpo vadio prateado pela luz da lua.
A nudez de sua tez clara, emoldurada pelas sombrias de uma madrugada interminável, foi pintada na tela pelo artista com vinte anos a menos...
Assim a volúpia do desejo encantado de querer transcender o ultimo gozo, o maior de todos ficou para quem a vê, pendurada na parede de um corredor sombrio de um hotel barato.
Mas solte. Relaxe consigo mesma e torne em realidade uma taça de champanhe, um lençol de cetin carmim, na madrugada de sua vingança... tenha esperança porque seu cavaleiro negro, o amante de todos os tempos, de todos os desejos, imune à própria morte, estará forte e rijo ao seu lado, acariciando você... e, não a tela.
Mas de quem eu falo?
Falo de seu jeito, de seu peito, de tudo o que deve estar ao seu alcance, de um eterno romance... falo de seu sorriso, de seu siso, de sua falta de juízo de uma madrugada desatinada que você precisa viver para reconquistar o próprio amor, para depois então pensar em avaliar o amor próprio.
Deixe ser levada pelas asas da paixão por um momento. Não importa se o diabo atenta, porque ainda faltam alguns anos para você fazer cinqüenta...
Então você está na idade da deusa terrena, da mulher plena que precisa respirar a liberdade no sentido mais profundo, antes de achar complexo, esta coisa de sexo.
Léo S.Bella
23/12/2010
23/12/2010
Um comentário:
Olá Léo! A união conjugal acontece pelas semelhanças que existem entre o casal ou pelas suas próprias diferenças?
Os conflitos conjugal desarmorniosos no resultado ameaçador do rompimento matrimônial, são oriundos da incompatibilidade, intolerância das semelhanças ou das diferenças na relação conjugal?
Gostei muito do seu trabalho. Tatear, ouvir, ver ou perceber o invisível, a sensibilidade do outro é algo promissor. Claro, sem exaurir a própria Ética In natura. Parabéns pela pessoa que está sendo e também pelo seu trabalho.
Até mais,
Léa Conforti de O. Prudente
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