Incrivelmente linda, a bela de 22 anos exibe seu corpo perfeito num caminhar cadenciado parecendo um bailar...
É sublime vê-la passar ainda que pelo outro lado da rua, como se a calçada fosse uma fronteira... a ultima fronteira antes de poder me aproximar dela.
Uma ultima fronteira sempre separa algo que pode ser atingido, atacado, conquistado...
Mas pensar em conquistar não é o melhor caminho para se viver, porque em muitos momentos o que mais nos faz falta é sermos conquistados...
Na vida humana, é tão importante a conquista quanto a derrota, embora muita gente apenas queira viver as coisas boas da vida e acredite que a vida é para ser vivida sem sofrimentos ou questões interiores e subjetivas.
Em razão da pluralidade dos valores que podem existir dentro de cada ser humano é que a vida se desenrola e produz sensações intrigantes como quando acontecem as coincidências.
Não creio em coincidências, nem creio em uma ordem aleatória em que tudo exista em função do acaso.. . Não creio também que tudo seja produto de um escrito ou que as coisas sejam frutos de um destino certo e imutável.
Pois sei que a importância da vida não é a que se dá à um indivíduo, mas a todo o planeta indistintamente, até o Universo.
E, é da convivência de todos os seres e de todas as coisas que nasce o exercício de viver...
Não vou divagar, nem devagar levar este texto avante como se as coisas importantes da vida se resumissem ao que podemos sentir e viver.
Vivemos de múltiplas formas nesta vida.
Temos consciência através de sensações e sentidos.
Aprendemos pela angustia, da mesma forma que reviver as lembranças confere ao homem a capacidade de se sentir deus de si mesmo.
Viajar, pelos espaços sem sair do lugar, ainda que seja pelo passado vivido é mais que uma aventura; é uma realidade que pode ser o inicio da reconstrução do ser ou mesmo sua ultima fronteira.
É preciso refletir, mais profundamente não sobre as palavras mas sim sobre a forma como elas podem induzir,provocar ou levar a vida a modificar seu curso natural.. Afinal palavras são poderosas... tão poderosas que muitas vezes embora coincidentes, não são frutos da coincidência.
Caminho lentamente em minha montanha mágica, porque a pressa aqui não é a velocidade; e o tempo não tem uma duração definida porque não se posta diante de minha vida como um elemento de caráter terminal, pois dentro da eternidade de minha alma, chego ser e pertencer a todos os tempos...
Aos pés da montanha, diviso entre a névoa poucas cores, mas nem por isto menos amores, horrores e pavores pela vida.
As pessoas se curvam diante de um desconhecido parecendo terem a necessidade de viverem sob a égide de uma Profecia.
Mas não sou um profeta, e meus poucos dons não me conferem sequer o jeito zen e equilibrado que um profeta deve ter.
Tenho minhas questões também, e não diferem das questões de um ser humano que busca viver em sociedade.
Mas o que importa é que de alguma forma me procuram na tentativa de ouvirem uma profecia ou um sinal que lhes possa dar uma luz para suas caminhadas.
Faço isto há tanto tempo que nem sei mais como existir dentro de minha vida sem um tempo determinado para atender ou ao menos ouvir quem me procura.
Não tenho palavras mágicas, mas sei que a mágica de minhas palavras é que produzem dentro de cada ser uma nova chama, ou reacende a que se apagou.
Tenho a minha frente, putas, meretrizes, freiras, santas, virgens, viciados, drogados, ladrões, assaltantes, defuntos, almas, espíritos, demônios e deuses...e mais alguns seres acompanhando alguém em uma caminhada dentro da existência humana.
Não me importo com isto, porque sempre me senti protegido ainda que interagindo com o meio sem todo o aparato de proteção que se julga ser necessário para viver a vida humana. Como uma religião, por exemplo.
Dentro de mim a convicção de que a vida não esta pronta é latente. Da mesma forma sei que o conhecimento é algo que não se mede nem se avalia como forma de vida, mas é o que abre caminhos.
Quem sabe muito... abre muitos caminhos, mas também pode ser perder no pouco que não sabe.
Então todos tem a necessidade de se protegerem de alguma forma, ainda que tenham construído para sim uma pequenina e ultima fronteira.
Pode ser que uma fronteira não tenha o poder de proteger como teria uma trincheira ou mesmo uma casamata, mas ninguém procura se proteger belicamente, mas através de delimitações de terreno e espaços procuram viver o que sabem viver, ou o que lhes é mais cômodo viver.
Terrenos e espaços dependem exclusivamente do Tempo.. do tempo criado, do tempo vivido,do tempo que se dispõe a viver e, não apenas do tempo que se dispõe para viver.
Talvez por isto mesmo a minha maior vitoria tenha sido aprender que a conquista não me leva além de sentir uma falsa verdade... e, sentir derrotado nunca me levou a ser um derrotado, sem caminho, ainda que em muitos momentos da vida a derrota tenha sido real...
A ultima fronteira pode não ser mais que uma linha imaginária, mas a vida humana também se dá e sua maior parte, sobre a capacidade do que se pode imaginar para poder se completar a razão.
Porém, ainda que você não acredite, a razão pode ser uma trincheira para protegê-lo, ou um abismo para fazê-lo se perder dentro de seus próprios argumentos e pensamentos.
É Pascoa. É o que diz o calendário... mas não é o que diz o imaginário das pessoas que precisam se completar e se alimentar com as outras pessoas. A ideia de renascimento, uma tentativa imposta há 2011 anos , parece não ter vingado onde deveria existir.
Se a outra vida ou renascimento se dá dentro da espiritualidade, onde somente a Alma e seus eflúvios podem existir este é o lugar onde a Pascoa deve existir...
Mas parece que tudo se deu de forma contraria à real e se tornou tradicional a comilança, para que a jactância em forma de ufania exista.
Mas tudo isto faz parte do corpo não da Alma, nem da Pascoa que se apregoa ou que se quer fazer existir...
Hipócritas.... Comem, comem e comem... e apregoam o consumo descomedido em detrimento da qualidade de vida ... porque depois cagam, cagam e cagam... e quem padecerá pela ausência de cumplicidade é o Espírito.
Léo s. bella
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