Na solidão, nossos desencontros sempre encontraram nossos braços...
E nossos abraços, sempre nos seguraram...
Para que nunca esquecêssemos quem somos.
Uma melodia simples, mas profunda brota do fundo de nossas almas, como uma fonte de água pura, fresca e cristalina capaz de saciar todas as sedes, de todos os seres que cedem ao cansaço, porque não tem um abraço... para os segurar...
Mas o vento que outrora fora uma brisa, uma leve brisa, não faz senão deixar saudades, boas saudades... da infância, das brincadeiras, das alegrias incontidas, nos natais, nos aniversários, nos momentos em que o tempo todo parava pra me observar...
Hoje quem para sou eu... hoje quem observa sou eu... distante, mas com toda atenção, procuro observar mais que as emoções, mas como e porque batem os corações...
É uma longa caminhada minha vida... é uma longa estrada... e muitos momentos estive só, totalmente só, mas em outros momentos, não consegui levar à frente meus lamentos, porque você sempre estendeu sua mão, seus ouvidos, seu coração, seu corpo e seu calor, e daí fizemos amor...
E o Amor nos fez melhor...
Nos ensinou sem induzir, sem máscaras que sentir é o que importa...
e cada porta sempre se abre antes de fechar...
Ah O Amor...
Este mágico toque que emudece, que cala, que emite um surdo gemido no gozo conseguido...
Cumplicidade, talvez a grande palavra que não falha nunca, e sempre provoca a vida para ela existir... no dia seguinte, custe quanto custar.
Calado, cansado, debruçado em seu regaço, ouço a melodia executada pelo piano preencher os espaços da sala vazia.
Mas a emoção de sentir a música invadindo meu peito me leva a crer que além de você, nada mais importa, além daquela porta.
A penumbra em nosso quarto, faz mistério...
Seus seios fartos se protegem no abraço e nosso cansaço vira madrugada, onde o suor é maior que a brisa fria... e assim adormecemos e consumimos mais um dia...
Léo S.Bella
24/04/2011
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