Pesquisar este blog

As Asas do Condor


Durante muitos anos,o Condor se preparou para voar soberano pelos Ares, em todas as camadas; em todas as direções cobrindo longas distâncias, aproveitando para construir sua sabedoria...
Durante estas andanças, o mundo passou sob suas Asas e ele apenas observou, parecendo distante, porém utilizando-se de todos os seus sentidos apreciou cada detalhe em sua viagem .
Pela sabedoria,construída através dos tempos, tornou-se naturalmente conhecedor de todos os segredos...
Sob o que foi observado é que vamos falar...
Sejam muito bem vindos ..
O CONDOR....

contador


contador

sábado, 16 de abril de 2011

refletindo a vida...

As badaladas encerram a vida, encerram todos os movimentos espontâneos e a procissão que encomenda a Alma se encaminha em direção onde será depositado o corpo para que se cumpra a jornada, viestes do pó e ao pó retornaras...




Muito silencio, mas o silêncio maior é o que povoa a Alma de quem caminha ouvindo nada mais que seus pensamentos, nada mais que suas próprias vozes interiores e que insistem em clamar pela vida, mesmo que para isto tenha que acreditar numa vida após a morte...

Uma vida de onde até hoje ninguém retornou...

Uma vida silenciosa e misteriosa, mas que provoca a todo momento modificações e manifestações no mundo dos vivos..



A primeira pá de Terra cobre o caixão e a sepultura vai sendo lentamente preenchida pelo que não existe mais neste mundo.

Morreu um filho, um pai, um amigo, um cidadão.... Morreu um cunhado, um homem casado, um marido talvez esquecido, ou uma mulher qualquer. Não importa quem morreu, não importa quem partiu..

Importa que apenas a vida continua para quem ficou...

Importa que além da porta, além do umbral que se atravessa para chegar a morte, o caminho não tem volta.

Então pra que morrer? Morrer para não sofrer a ausência de que partiu?

Será possível que não se pode morrer em paz?

Será possível que o egoísmo do ser humano é tão grande ao ponto de querer partilhar da morte do outro como se ela fosse um evento coletivo?

As pessoas pranteiam a morte durante muitos anos, mas ninguém pranteia sobre o fétido cadáver após 30 horas de morto...

Porque não vincular em seus pensamentos que o passamento do corpo se deu de forma cabal e, terminal e que doravante não poderá mais ser tocado nem tocar, ser amado nem amar, aprender ou ensinar...

Apenas quem sobre vive é o espírito que se protege onde pode viver, se alimentar e continuar sua caminhada em direção ao credo que tem em quem lhe criou...

30 horas...morto há trinta horas, sua vida já se tornou passado, sua voz não será mais ouvida nem suas necessidades corporais poderão serem atendidas.

Então é assim que se consuma o fato de que a morte se dá... mas muita gente, gente descrente , gente que não crê, gente que não vê, gente que não acredita que a vida é a coisa mais frágil e delicada que existe na natureza,m gente que não respeita a vida... nunca respeitará tampouco entenderá a morte.

Toda vez que você prantear um filho ou julgar que a sua ausência é caso de azar ou sorte, estará contribuindo mais e mais para que sua morte tenha sido algo misterioso e, não uma dádiva, ou um Dom, ou um renascer que dá possibilidade para uma nova vida, como o da crisálida.

Prantear um filho é chorar a própria morte pela incapacidade de se sentir humano.





Léo s. bella

Nenhum comentário: