Subliminarmente as palavras que você escreve podem estar agindo na direção oposta de sua proposta , ou mesmo “subrupticiamente”.
Assim, o que é bom para o colesterol é bom para se alimentar, mas não bom para a sua saúde..
Reflita antes de tornar sua boca a porta de despejo de todos os seus desejos inconscientes e inconsistentes...
Desejos não se exprimem, não se reprimem, desejos fazem parte de um caminho; é, como se num jardim, fossem os espinhos.
É como se fossem uma tela tosca, mal pintada, mas que exprimisse através de traços imprecisos uma ideia gerada a partir do que se quer ver e viver, não uma ideia precisa da realidade que se vive.
Desejos... muitas vezes são como beijos da vingança... como se fossem a ultima esperança antes da partida, antes do fim da vida.
Da vida que se quer viver, ou da vida que se vive para nunca ver...
Não importa, pois além da ultima porta, esta a vida eterna onde os desejos não passam porque os desejos nunca morrem, apenas se modificam com o passar dos anos.
Sinto, isto em meus planos, quando sento diante de um piano e ouço as notas que minhas mãos não conseguem atingir, pois a habilidade de tocar não é suficiente para fazê-las tangir, pelos martelos...
Recebi um “scrap –Desejo que a luz da lua ilumine sua noite,trazendo ao seu coração a renovação...” isto me fez refletir e produzir este texto magro de palavras, porque me tornei amargo pela subliminaridade do próprio texto.
Desejar que eu seja iluminado pela luz da lua é querer que eu passe minhas noites em claro, sem o sono tranquilo que eu preciso...e ainda desejar que a renovação seja feita em meu coração, é algo pior ainda, porque me julga um bárbaro... Isto machuca, isto dói...isto incomoda, ainda que eu seja soberano dentro de meus pensamentos, isto incomoda...
Mas, assim são as pessoas que vomitam palavras sem saberem o que estão dizendo, porque dentro da vida confusa que levam não se importam em sentir, apenas em se fazerem presentes e superiores aos próprios problemas, como se quisessem mostrar superioridades para resolver os alheios com algumas pinceladas.
Não sei de onde partem as primeiras bombas em uma guerra, mas com certeza, elas foram geradas por alguma agressão, por alguma ofensa... ou por algum julgamento de valor...
Meus valores não estão sendo julgados, porque os tenho como comunhão dos caminhos que trilho em minha vida, e eles,. Aliados às sensações, são o equilíbrio entre, meus deusas e meus demônios.
Sou humano, não sobre humano... e sei perfeitamente que o pior cego é aquele que não quer ver... porque rejeitará sempre sentir o outro como seu par.
Sabe, nunca acreditei no perdão como forma de reconstrução da vida, mas sim para enterrar entulhos ... uma nova vida não pode ser recomeçada sobre terreno movediço ou podre, tal como uma construção que se inicia sobre entulhos, certamente um dia estará fadada a trincas, pela própria acomodação do terreno que o tempo provocará.
Então, não creio que caibam perdões nas ações entre seres humanos e sim entre homens e deuses, mas nunca vi um deus pedir perdão à um humano... então a subliminaridade da fraqueza humana esta escrita, descrita e expressa por toda a eternidade. Até porque é o homem que escolhe seu deus e, se seu deus não está à sua altura, à altura de sua interpretação e conhecimento é preciso trocar de deus para que os desejos possam ser a estória de uma caminhada.
Homens são iguais pela essência, então, podem serem transformados em deuses por homens que se deixam levar pela linguagem subrupticia... mas os deuses, infelizes nunca serão transformados em homens, porque em suas essências divinas, não possuem o “desejo”.
Nada é complicado...e isto não é complicado, reflita e encontre-se antes que seus demônios roubem sua consciência e você acredite que esta possuído por um deus.
Léo s. bella
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