Todos nós caminhamos paralelamente a uma linha que separa a vida normal e tranqüila daquela consumida pela desgraça, e num piscar de olhos, ou num leve esbarrão, tudo o que é tranqüilidade pode se transformar num verdadeiro inferno.
Creia, assim é a vida, então é melhor você se preocupar porque acidentes e doenças não são coisas que não possam atingir você quando você menos esperar.
A vida é bela e encantadora por todos os lados que se possa vê-la, porém, ela também tem seus segredos que não são fáceis de serem desvendados e, é aí que reside o perigo.
É fim de ano, e, isto além de denunciar que todas as pessoas se tornam mais sensíveis à confraternização, muita bebida, muita droga, e muitas vidas serão consumidas, pois é um caminho sem volta este que leva em busca do prazer pelo prazer.
Não sei bem explicar como as coisas poderão deixar de acontecer através de catástrofes, ou por desgraça mesmo, mas sei que faço a minha parte e, ainda acho que é pouco, para que as pessoas possam acordar ainda com tempo de corrigirem o rumo de suas vidas.
Estou numa situação um tanto complicada, pois neste momento sou um paranormal, ou místico, ou sensitivo que está antevendo pessoas, se envolvendo com drogas e violência, e tudo isto sendo justificado pelo desejo de viverem intensamente.
E, as famílias não percebem que o dia que encontrarem o filho cambaleante por causa de bebida ou droga, será tarde demais para corrigirem qualquer coisa.
Sou obrigado a transferir a culpa pela embriaguez, ou pelo vício do entorpecente aos pais, pois se todos os pais se unissem, para cuidarem do plante e de seus filhos, tudo seria muito diferente.
Isto não é uma questão de semântica, mas uma questão de fato e que será constatada amanhã, quando todos os velórios estiverem abarrotados de pessoas de todas as idades e de todas as cores e mortas por todos os tipos de bebidas, drogas e violência.
Isto me entristece muito, mas de nada adianta porque não posso ir além do que já faço. Em minhas reuniões e palestras, tento de toda forma passar para as pessoas que a conscientização é a maneira mais eficaz, contra o mal que estamos vivendo, e esta conscientização tem que ter um caráter perene, pois por mais que se corra, nesta área, ainda se corre o risco de chegar tardiamente.
Atendo Mães todos os dias me pedindo uma psicografia de filhos que já se foram, e a maioria são filhos levados pela violência, pelas bebidas, pela impunidade e pelas drogas.
Mas o que elas não sabem é que tudo depende da ação delas para que as coisas se modifiquem.
Agora neste exato momento noite do dia 31 de dezembro de 2009, muitos filhos estão bebendo mais do que podem suportar em nome de liberar a alegria. E, em sua maioria dentro de suas casa, confraternizando com seus familiares, e, estes filhos dentro de algumas horas estarão andando pela cidade, de casa em casa numa via sacra cujo final pode ser sangrento.
Bebida, droga e direção não combinam.
De qualquer forma minha voz é muito pequena para alertar a todas as Mães, até porque elas não me ouviriam se eu as alertasse antes mesmo, porque elas defendem seus filhos com unhas e dentes, estejam eles certos ou errados, então eu somente atrairia inimizades, porque estou sendo franco e sincero.
Por isto, é que estou ao lado do telefone, no silêncio desta noite, apenas meditando e aguardando que a primeira mãe desesperada telefone, para que eu interceda na desgraça que se abate sobre ela.
Não tenho o dom divino, nem o poder de Deus, mas posso muito bem antever as coisas com uma certa clareza e, por isto, nesta noite de 31 de dezembro de 2009 enquanto uns vêem as cascatas de lágrimas de fogos de artifícios cobrindo os céus eu, vejo e sinto as lágrimas das mães que estão se fazendo órfãs.
Não se trata de saber de quem é a culpa, mas apenas de entender de que a vida é uma só e que o maior respeito que devemos nesta vida é por nosso semelhante, porque sempre exigiremos dele este respeito.
São 21h30' horas, o telefone tocou. E a primeira Mãe se faz presente, vítima da violência de um acidente de moto. Torna-se órfã de filho, apenas porque o filho não soube ser um ser humano comum, mas achou que deveria ter superpoderes.
Desculpem, mas tenho que continuar no telefone.
Léo S.Bella 31/12/2009
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