Pesquisar este blog

As Asas do Condor


Durante muitos anos,o Condor se preparou para voar soberano pelos Ares, em todas as camadas; em todas as direções cobrindo longas distâncias, aproveitando para construir sua sabedoria...
Durante estas andanças, o mundo passou sob suas Asas e ele apenas observou, parecendo distante, porém utilizando-se de todos os seus sentidos apreciou cada detalhe em sua viagem .
Pela sabedoria,construída através dos tempos, tornou-se naturalmente conhecedor de todos os segredos...
Sob o que foi observado é que vamos falar...
Sejam muito bem vindos ..
O CONDOR....

contador


contador

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Olá minha querida Agmar Resende!

O romper da Aura





A mariposa é noturna e enigmática em seu vôo.

É bela quando rompe o casulo onde entrou lagarta.

Um dia foi larva, outro foi pupa, mas importa agora que ela é mariposa e se lança em seu primeiro vôo.

Muito se tenta fazer em pouco tempo, mas isto nem sempre faz a diferença, pois a diferença somente é importante quando os desiguais podem caminhar juntos.

Igualdade é a questão. Igualdade de que? De deveres? De direitos? De obrigações?

A quem importa beneficiar-se pela igualdade?

Talvez, nem às mariposas.

Neste Universo onde Deus é a figura central e os homens caminham sempre em torno de sua divindade, tudo pode acontecer, “até a ciência provar a existência de Deus através de um imenso acelerador de partículas e, as mães que perderam filhos acharem que encontrarão seus Anjos quando morrerem. E, por isto atentarem contra a própria existência, para acelerar o tempo, contando que assim encontrarão seus filhos mais rapidamente.

Mas isto não é uma verdade até porque não existe uma janela entre os dois mundos onde o tempo possa ser unificado e as coisas aconteçam uniformemente e cronologicamente.

As formas de medir o tempo são diferentes como o próprio tempo até porque tudo passa a depender do espaço cósmico, após a passagem.

E, a passagem se faz através da morte do corpo físico. Então a morte é uma porta que se abre, porém somente em uma direção ou seja:

seguir sempre em frente e portanto não permite retorno.

Ouvimos estórias e relatos de pessoas que morreram e por instantes voltaram. Porém estas pessoas não concluíram a passagem. Elas tiveram e descreveram sensações do que é morrer, mas efetivamente não morreram. Isto se deve ao fato de que o tempo antes da morte é um; e após a morte é outro.

Então ficar exercitando a capacidade humana de criar para desvendar este outro mundo não é algo que seja proveitoso.

Mais proveitoso é o fato de se acordar para esta vida, porque a morte é certa e derradeira.

Com a morte cessa a participação do homem nesta vida, ainda que hajam manifestações espirituais.

Entenda que nada além da morte provoca efeito nesta vida a menos que haja um agente habilitado para isto.

A fenomenologia é extensa, mas sempre houve o concurso de uma ou mais pessoas para que pudesse ocorrer o fenômeno.

Neste ponto é interessante notar que para poder viver plenamente é importante saber que existe uma vasta gama de fenômenos relacionados aos seres vivos que muitas vezes são atribuídos aos mistérios que cercam a vida após a morte. Ledo engano são coisas de vivos, porque os mortos, em sua grande maioria, querem descanso deste mundo sórdido e cheio de meandros intrincados onde os amigos se aproveitam da iniqüidade para trair, uma vez eu os inimigos nunca traem.

Porém isto não chega ser importante para afirmar, ou, se julgar “espírita” não basta conhecer doutrinas, mas é preciso se integrar na natureza antes de mais nada como um ser natural, ou seja, sem vícios e apegos materiais além dos necessários para sobreviver.

A premissa de cultivar o espírito em primeiro lugar é tão saudável quanto equilibrar espírito e matéria, dentro das mesmas prioridades.

Vamos caminhar em busca de resgatar seus valores espirituais, não apenas os valores sociais e, caminhar e seguir compreendendo a própria vida sem receitas mirabolantes e misteriosas.

Você pode até pensar que não faço nada, mas para quem faço, e não declino o nome, a sensação é completamente diferente.

Olá minha querida e lépida Amiga Resende, Agmar.

Entendi os traços daquela noite. Na realidade eu os vi um dia antes como se fossem rabiscos sobre os seus escritos retilíneos e cheios de magia de uma mãe, cúmplice de milhares de madrugadas em claro.

Não a vejo como mulher, como Mãe, como esposa, ou como amiga: a vejo como a essência de um espírito livre e soberano que luta para firmar-se na vida como pólo catalisador de boas energias. E, portanto sou obrigado a invadir seu espaço, sua casa, seu abrigo, seu leito e provocar atitudes que venham deslindar em alhures a grandiosidade e beleza desta luz que você tem dentro de seu peito.

Minha querida deusa sonhadora que bateu-se com Zeus deus no Olimpo um dia, sua garra, força e fé estão fazendo falta.

Durante algum tempo eu falei e durante outro tempo me calei, apenas observando seu hálito e seu frescor caminhar sobre muitos temas.
À vi ser elogiada e, em seguida escorraçada e discriminada porque quem queria de maneira abrupta apoderar-se de sua obra e de seu carisma. Da mesma forma como à vi escarnecer dos abutres que quiseram aproximar-se de sua Alma.

Você, varreu num dia, em desespero todo o firmamento e não encontrou ungüento suficiente para aplacar sua dor provocada por aqueles que se arrebataram sobre si e lentamente foram cavando sua sepultura.

Não me fio apenas nos males da Carne, porque estes são cíclicos e vão e vem como de costume neste mundo, ora deixando prazer, ora dor. E, também porque não há mal que perdure ou doença que não se cure quando descoberta. Restrinjo meus argumentos e minhas palavras como aquele dia na beira do riacho, você menina miúda, conversando com um caminhante.

O mundo pode não entender agora quem é você. Mas eu sei quem você é, pois conheço seu sorriso de um canto a outro da boca e, sei como as suas palavras são refletidas e medidas ao sair para que conservem seu hálito de “sempre manhã”, e exprimam a essência da verdade do que você acredita.

Estou distante, você sabe, porém nunca ausente nesta minha empreitada insólita de caminhante em uma montanha mágica. Por isto minha querida, sua essência me importa muito, e muita falta nos faz o frescor de suas dissertações, de suas colocações, de seus apartes e até de seus desabafos que nunca abafam nada.

Hoje, caminhei sobre tua vida e posso afiançar com a mais profunda segurança que tudo estará bem muito brevemente, assim como seus novos escritos também. Mas desde já, apesar de sentir as pedras machucarem meus joelhos, estendo minha mão para erguer seu fardo para que você possa brilhar, onde é o seu lugar.

Não me importo de levantá-la com as duas mãos bem alto, porque o que importa atrás de minha porta é vê-la poder mostrar seu valor de pedra preciosa.

Resende, Agmar, preste atenção você é Impar como o primeiro raio de luz, então quem quiser ser seu par, terá que seguí-la e não fazê-la seguidora.

Tome minhas mãos, minha querida amiga, se precisar delas: Itaúna é pequena para o seu reinado, simplesmente porque dentro de tanta candura e docilidade você consegue ser tão importante em minha vida como nas vidas das pessoas. Somente não saberá entender estas palavras quem não conhecer você como um ser de espírito iluminado.

“Levanta-te, encara teu destino com fé, porque não há porta capaz de interromper tua caminhada, nem treva suficiente para apagar tua luz, Agmar”. Esta frase, minha querida, sintetiza todo o meu respeito e admiração pela essência espiritual que você significa.

Só Deus para sustentar suas dúvidas e harmonizar su’alma ferida.
 

Léo S.Bella     04/01/2010

Nenhum comentário: