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As Asas do Condor


Durante muitos anos,o Condor se preparou para voar soberano pelos Ares, em todas as camadas; em todas as direções cobrindo longas distâncias, aproveitando para construir sua sabedoria...
Durante estas andanças, o mundo passou sob suas Asas e ele apenas observou, parecendo distante, porém utilizando-se de todos os seus sentidos apreciou cada detalhe em sua viagem .
Pela sabedoria,construída através dos tempos, tornou-se naturalmente conhecedor de todos os segredos...
Sob o que foi observado é que vamos falar...
Sejam muito bem vindos ..
O CONDOR....

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quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Eu, você e a lépida leveza do Ser

A lépida leveza do ser, inscrita em seu ser, é seu jeito de ser, sem ser fugas, mas sagaz e voraz em seus desejos.
Desejos ardentes que provocam além da emoção, uma espécie de transformação da mulher em deusa.
A mulher no entanto vive da obra que construiu e, no subsolo do castelo onde estão aprisionados os seus sonhos é o único lugar para tomar banho de sol.
Estranha magia que transforma os corredores sombrios em um sol radiante margeado por campos verdejantes, e a mulher em viajante de si mesma.
É uma caminhada serena, onde o brilho das estrelas encantam o dia e a algazarra dos pardais urbanos a noite.
A cadeira espreguiçadeira é o palco onde o belo corpo desnudo se entrega ao sol numa relação íntima de extremo prazer, enquanto no romance lido à beira da piscina se transforma na oficina de sonhos, produzindo o mais valioso dos tesouros, o Bem estar.
Descrever a deusa loura de encantadores olhos iluminados por um azul esverdeado é um deleite ao qual me reservo o direito de fazê-lo e, ainda que fosse através de uma psicografia sem dúvidas assinaria meu nome.
Mas a lépida leveza do ser impera onde menos se espera.
Ainda que atrás da têz de pêssego que envolve um caroço duro é possível encontrá-la... A semente germina pura e bucolicamente, mas leve e objetivamente em direção à luz.
O sol é o responsável pela energia boa que dá força à vida e garante ao corpo da deusa a elegância e leveza dos gestos.
E, o espírito do filho parido e levado por Deus num, acidente besta e sem sentido na lagoa próximo de casa.
As razões se superam sempre, da mesma forma que os seres humanos sempre haverão de se superarem. Isto é evolução.
Evolução também é questionar a realidade diante de devaneios que se fizeram presentes na vida em forma de pesadelos.
Evolução é reciclar cada instante ainda que não sejam instantes, nem momentos comuns aos mortais, ou morais, mas instantes que certamente compõe e estrutura o ser.
Evoluir é nunca caminhar em direção ao abandono, ainda que impossível pareça a tarefa de reconstruir o pedaço em que se vive.
Para aquele que caminhar sobre este texto, e tentar entender o que é a leveza do ser explicitamente, haverá de desistir na primeira linha, porque é muito mais fácil explicar a virgindade de Maria do que explicar a existência do sémem de Deus. E, se ele sofresse de ejaculação precoce talvez até fosse mais difícil explicar.
Então explicar a leveza do ser sem entrar num questionamento das relações interiores é difícil, quiçá impossível.
E Deus queira ou não faz parte deste Universo interior de cada um. Admití-lo presente na vida é uma questão subjetiva e não me cabe discutir.
Mas sabe minha amiga... a coisa não é simples assim. Mais do que tudo as palavras deste texto devem exprimir idéias e, as idéias, devem fazer com que você reflita e propricie novos valores aos seus conceitos. Daí então a mágica deverá acontecer.
Novas escolhas provocada pela lépida leveza do ser.
Lépida sim, porque é um instante muito rápido o ato da escolha em si.
Porém uma escolha pode ser duradoura, muitas vezes perdurar durante toda uma vida.
A Leveza no ser se impõe não como uma forma de viver, mas como uma forma de escolher. Escolher sem excluir.
Alias escolher sem excluir é o que se deve aprender para poder viver.
Afinal de todos os sentimentos que povoam a vida do ser humano talvez o mais difícil de ser entendido e assimilado é o de ser excluído.
Ser excluído de uma conversa sequer, já é um problema que não tem tamanho para quem o vive.
Então talvez por isto eu não tenha excluído nada de sua vida, nem seus amores, nem seus horrores, tampouco suas cores, ou seus temores, no entanto suas dores elas continuarão a serem dores que importunam e fazem barulho dentro das galerias do castelo onde você trancou a sua intimidade, porque dentro de você está confusa esta coisa de Mãe, avó, esposa, mulher, amiga, educadora...

“A Mãe pensa que sentir é o bastante.
A Mãe pensa que ela sentindo poderá resolver todos os problemas.
A Mãe pensa que deve dar ordem para tudo.
A Mãe pensa que até a Neta depende dela.
Mas a mãe não pensa que tudo isto se dá pelo amor que a Mãe tem pela família que construiu...
A Mãe não pensa que todos os sonhos foram interrompidos quando morri naquela lagoa... Então a Mãe continua sua luta, todos os dias, sempre procurando se consertar de algum jeito, para nunca machucar ninguém...
A Mãe não pensa que ela é a peça mais importante da casa, e que todos os que precisam um lugar tranquilo para fincarem suas âncoras, vão ser levadas para perto da Mãe...
A Mãe não pensa que as palavras sábias que estão na religião, são as mesmas palavras que são aplicadas aos homens diante do que vivem...
A Mãe não pensa que toda esta pressão que a faz mudar constantemente o rumo de suas coisas pode passar, mas vai passar...
A Mãe pensa que fala comigo, mas ela não sabe que eu posso ouvir e responder.
Sabe Rafa... a Mãe não pensa... mas somos filhos do amor que ela cultiva como um jardim...


Xikinhu”


”Como sempre, digo que estou distante, mas nunca ausente, porque não pactuo com o abandono nem com a exclusão, tal você, minha querida amiga.
Tive que tecer as palavras para tentar alcançar a lépida leveza do Ser que a cada dia me empolga mais, até pelo seu jeito de ser.
Um abraço forte, querida Tânia Maclóvia."


Léo S.Bella
01/12/2010

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