uma brisa
um vento...
uma tempestade.
O
vento que constrói dunas, tranporta areia por milhares de
quilometros, encobre civilizações e a estoria porém é o mesmo
vento que, na historia, descobriu civilizações antigas. Isto me
parece mais do que uma forma de mostrar o que se encobriu um dia...
É mais que um descortinar do passado, é como se fosse a natureza
mostrando ao homem que é capaz de preservar o que ele não sabe dar
valor.
Quando
caminho em minha montanha mágica, me sinto protegido e amparado por
meus elementais e de certa forma, aqui na montanha, o tempo tem sua
medida diferenciada. O que atinge o planeta, em minha montanha não
existe. Lá não existe fome, guerra, miséria, dor, pobreza ciumes,
e o pior dos males a inveja...
Mas
nem sempre eu posso estar em minha montanha magica, porque a cidade
ainda é o lugar onde devo viver meus dias.
A
Montanha entretanto é meu refugio e onde vou para me abastecer de
luz...
A
chuva castiga a subida da montanha e eu continuo com meus
pensamentos tentando entender porque a montanha é tão importante
pra mim ao ponto de me fazer subi-la a esta hora do dia e sob esta
chuva intensa.
Todos
sentem algo pela própria vida, ainda que não consigam definir, ou
não consigam entender a profundidade deste sentimento. Mas todos
sentem e sabem quais os passos devem tomar em suas vidas mesmo nos
momentos mais difíceis. Então o problema não é saber quais
atitudes tomar, mas sim tomar uma única atitude que inicie o
processo de acabar com a inércia na vida.
Neste
ponto da subida estou encharcado e fico lembrando de meu amigo Mario
Acero e sua curiosidade em conhecer minha montanha magica.
Na
verdade não sei como ele lidaria com isto porque apesar de tudo, seu
espírito imediatista não conseguiria entender que além do que se
pode viver existe todo um mundo que se vive.
É
algo intrigante até pra mim, por isto não me perguntem como
acontece de pessoas amigas serem transportadas para a montanha
algumas vezes. Isto não depende de mim, apenas delas... muitas vezes
as encontro caminhando neste mundo encantado e me cuido para não
fazer nenhum barulho para não quebrar o encanto.
Talvez
o sentimento que mova Mario em direção ao desconhecido seja mais
que a ânsia de conhecer... talvez seja uma vontade irresistível de
reencontrar e abraçar e tocar seu netinho anjo.
Isto
é uma situação muito delicada porque trazer alguém pra montanha
nestas condições pode significar uma viagem sem volta e, as coisas
naturais não devem acontecer desta maneira.
A
montanha é o que se projeta e, não o que se deva viver como vida
materialista.
Creio
que este texto esteja um tanto enfadonho pra ser lido...
-Caminhante!
- é a voz da grande árvore.
-Olá
velha senhora! Há quanto tempo não nos falamos!
-Não
me venha com confetes!!! Não tenho tempo pra conversas fúteis, pois
tenho que tratar com você sobre estas pessoas que querem viver nesta
montanha achando que aqui ela podem tudo...
-Não
estou entendendo – respondo -
-Não
se faça de desentendido!!! Há alguns dias atras foi identificada a
tentativa de invasão da montanha por parte de uma senhora grande e
toda cheia de maneira.. A mulher tem um cabelão grandioso como se
ela própria fosse Dalila e Sansão. Dona de milhares de
questionamentos . Questionamentos infinitos que muitas vezes se
originaram da observação de uma rosquinha do coco. Enão quero
deixar claro a você que você deve esclarecer para as pessoas que
aqui não é lugar de buscar soluções para os prolemas , mas sim
viver a essência dos problemas e aprender como um gão de aeia pode
sustentar uma montanha..
-Nossa
velha senhora eu não sabia que ela havia tentado algo.. peço
desculpas por ter levado ela à ter esta ma interpretação da
montanha magica.
-Não
se dê ao trabalho de desculpas esfarrapadas. Apenas cuide para que
as pessoas possam viver a felicidade da montanha magica e não
transforma-las em um lugar de peregrinação buscando cada qual um
conforto apenas. A montanha não se sustenta por suas benecesse, mas
sim pelo que a natureza pode propiciar esendo assim, todo homem ou
mulher que quiser entender e viver todas as suas alegrias dentro da
montanha terão que se submeterem à regra númerp um...
-Nossa!
Regras!!!. quantas regras existem?
-Somente
a regra numero um...e diz o seguinte: “ser real e verdadeiro no que
se busca é se-lo no que se dá...”
Ninguém
pode dar mais do que tem e desta forma é preciso aprender a caminhar
e se disciplinar para entender a motnanha Magica e a montanha somente
abrigará aqueles que somarem, pois os que apenas buscam nada
acrescentam além de desanimo e falta de fé.
-Eu
entendo!
-Passar
Bem caminhante....
Eu
entendo, mas na verdade não entendo... Por que as pessoas tem a
necessidade de mostrar sempre algo que não tem. Será que o
sentimento de posse é imperioso para consolidar a vida?
Desta
forma quem não tem nada não prestaria pra viver?
A
cada minuto que passa busco reciclar minha vida, não abandonando
minhas convicções mas aprimorando meus sentidos humanos para um dia
me sentir um ser humano mais humano. (pleonasmo? Ou apenas o desejo
de que humanos sejam humanos e não superhomens capazes de descrever
o que existe do outro lado da vida sem nunca terem morrido..)
A
velha senhora tem razão: é preciso chamar a atenção das pessoas
para o que realmente existe na montanha antes que elas na ânsia de
quererem viver esta maravilha optem pelo suicídio, achando que desta
forma terão o caminho encurtado...
É
triste falar sobre isto... me questionam sobre o que eu penso
sobre a administração publica e que minhas ideias são improdutivas
mas o que é apenas um número para a administração publica, pra
mim são vidas que estão sendo ceifadas prematuramente pela
ignorância, pela falta de oportunidade, pelo descaso e pela
desorganização social que vivemos.
Não
quero falar de Amor ou Desamor, quero apenas colocar em pauta a
discussão sobre a quantidade de suicídios que acontecem todos os
dias, como se fosse uma brisa, que se transforma em vento e
finalmente em tempestade. Ainda bem que 90 por cento das tentativas
não levam à obito.
Léo
s bella.
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