Cansa quem levanta a bandeira e vai à luta...
Cansa quem alcança as conquistas de forma bruta...
Cansa o pedreiro, o arqueiro, o mineiro, o fazendeiro...
Cansa até quem se faz de zombeteiro, de arteiro..
Mas o cansaço, se desfaz pelo acontecimento,
Se consome através do entendimento,
O cansaço é não mais que um breve momento,
Porque o cansaço não é sofrimento...
Mas é a forma simples de sentir que a vida é real...
Que nela tudo passa e se desgasta pelo usual.
Pelo igual, pela igualdade, pela identidade, pela sentença de quem dita que não se pode cansar.
Cansaço, bendito daquele que pode sentir o cansaço, porque se cansou, e não apenas cansou os outros pelo seu lamento.
Bendita mulher que pode caminhar e construir sua vida sobre o próprio cansaço que serve de base para seu a fortuna de sua cultura, ou o conteúdo de sua sabedoria.
Cansaço talvez seja como a dor, uma campainha que toca anunciando um momento próprio.
E, o momento que o cansaço anuncia é o fim de um ciclo...inicio de outro.
Quem não se cansa é porque não termina seus próprios ciclos porque consome os dos outros.
Léo s.bella
Nenhum comentário:
Postar um comentário