a despedida.

Uma lição de vida

Amar a própria vida  não é tarefa fácil

É preciso conhecer e reconhecer todos os cantos e seus guardados.

Muitos são os momento que podem traduzir em desespero uma lembrança, ou um ato, ou um fato. Porém tudo o que foi vivido esta guardado..

As vezes pode estar esquecido num canto qualquer, onde as lembranças já não conseguem alcançar, mas pertencem à sua vida, pois pertencem ao seu passado.

Nesta relação estreita de tempo onde tudo se confunde no tempo do verbo, presente, passado e futuro vivem no exato instante em que acontecem, e nunca morrem apenas passam para a memória como  experiências que formarão e darão origem à sabedoria.

Então desta relação eterna entre presente,passado e futuro depende uma viagem que se desenrola como uma batalha dentro do Ser (que precisa se conhecer) e tenta vencer a si a cada novo momento, ainda que caminhe sozinho; o futuro somente existira enquanto houver passado.

Porém passado não é um verbo mas um tempo de verbo e versa sobre o que existiu, aconteceu e viveu, então para ser revivido no particípio precisa ser relembrado e nunca esquecido.

 Quem esquece de si, ou se abandona aos cantos, aos pedaços, espalhando em cada esquina uma parte de sua estória, dificilmnte haverá de viver no futuro, porque não deixa memória, nem escritos, nem uma obra para imortalizar seu verbo.

Assim é você agora, buscando encontrar dentro de suas lembranças algo que se pareça com a imagem que você faz de si, porém, a imagem que se faz nunca é real. Quando muito,é  uma cópia simbólica e imaginaria, do que se julga ser.

 Então em cada canto que houver uma verdade, haverá calado um coração, que a sustenta e a guarda, porém em cada canto que houver uma mentira, haverá um coração aprisionado por ela.

 Tentar entender não é o bastante, pois para entender o que se vive é preciso muito mais do que simplesmente viver, é preciso ter consciência do papel que esta exercendo nesta vida.

 O papel de cada Ser, é ser questionador por excelência, naturalmente conhecedor de seus caminhos, ter disciplina e o mais importante,  ter mais amor do que ódio dentro de seu peito, para eu seus demônios todos não ajam por iniciativa própria semeando discórdia onde deveria haver amor e harmonia.

Assim deve caminhar a humanidade, assim caminhou Deco Muiños, pela vida   .

Dia trinta de julho de 2010 morre para esta vida material DECO MUIÑOS.

Na verdade não foi uma morte simples, mas foi uma morte cuja despedida formal e escrita se deu em 23 de julho de 2010 quando ele escreveu seu último texto.

“Uma semana de descanso, após muito trabalho e muitas atividades sociais.

Agora é o momento de resguardar-me , de voltar-me a mim mesmo para que brinquemos e nos divertirmos em outros lugare, ou até mesmo trabalharmos em outras frentes, até para sentir falta.

Essa sexta e esse sábado (referindo-se ao sábado que morreria) um pouco diferentes nos menores detalhes é que eu percebo e vejo.

Isso é o que é legal, meu até breve deste lugar .

Apesar de me sentir bem, é importante parar. Para que nunca deixe de fazer valer a pena esse dia. Cada dia mais, e mais, e mais...

Deco muinos 23/7/2010   11.23hs.

Neste pequeno espaço aproveito para me desculpar com minha Mãe; meu pai;meus irmãos e amigos. Até porque às vezes grito e levanto a voz à toa!.

Me perdoem pois os amos e sempre amarei.

Beijos!

Com amor verdadeiro e incondicional.

Do filho, amigo e irmão, o sempre Dé,Dedé, Tio Dé. Graças a Deus. Com emoção. Pra viver e Prá valer.  23/7/2010

Léo S Bella