Por que sofrer, se a vida precisa de sua alegria para continuar?

Por que sofrer, se a vida precisa de sua alegria para continuar?

Você insiste em mostrar seu sofrimento achando que com isto vai poder amenizá-lo, ou busca conquistar um espaço onde possa expô-lo?

Este é um caminho cheio de bifurcações. É um caminho estreito onde o retorno se torna impossível, pois quem insiste em mostrar o próprio sofrimento acaba aprendendo a amar estar sofrendo e acaba esquecendo que sofre por quem ama.

Duas situações distintas, porém conflitantes entre si. E, este conflito se dá em terreno de acesso impossível, ou seja, no plano das idéias.

Este é um terreno árido e a qualquer momento pode se tornar um campo de batalhas. É um terreno árido e difícil de percorrer sozinho. Muitas vezes é preciso a intervenção de profissionais para efetuar o resgate destes seres que se aventuraram a amar a dor.

Eu gostaria que isto fosse mais que um recado, que fosse um alerta para todas as mães, pais e filhos, que se perderam através da morte.

A jornada solitária, sem o parente do lado, na maioria das vezes é traumática, e sempre quem ficou isola-se, na tentativa de desvendar o mistério da morte. Muitas vezes chega a achar que se o suicídio o levara de encontro do parente morto, mas não é assim que funciona.

Não tenho obrigação de interferir na vida de ninguém então o que posso fazer é apenas alertar, embora minha paranormalidade possa me levar a descobrir muito dentro das pessoas.

Eu sei que tudo o que se sente é fruto da sabedoria de cada pessoa e, que o tempo é quem dá experiência e sabedoria, portanto o tempo é entre todas as coisas, o melhor remédio, o melhor conselheiro e, o melhor juiz.

Atendo muitas mães, todos os dias, por muitas sou querido e por outras sou odiado. Isto ocorre porque não tenho compromisso com nada além da verdade, e muitas vezes as Mães não querem ouvir a verdade. Elas querem é continuar se enganando.

Porém, da mesma forma que cada doença tem o remédio certo para promover a cura, para cada Mãe existe um processo que promoverá a cura do que ela chama de dor incurável. Este processo depende de envolvê-la de dentro para fora com sua própria vida, e para que isto ocorra é importante que ela saiba entender quem é o seu Deus.

Deus é onisciente e onipresente, mas multiplica-se em milhares de formas e provoca outras tantas milhares de interpretações a seu respeito.

Definí-lo é muito difícil, porque invariavelmente, cada qual define como o sente.

Deus não é como um perfume que todos possam senti-lo e atribuir a ele um valor, porém ele é como uma brisa, onde cada qual o sente de uma forma e, com uma intensidade.

Então se você concorda que o fundamental para o entendimento e compreensão do momento e da própria vida é a existência divina, mãos à obra, agarre-se em seu Deus e promova mudanças em sua vida, ou então fique choramingando eternamente.

O peso, o trauma, pela morte de um filho atinge cada mãe de uma forma. Cada qual tem sua forma de pensar, sentir e amar. E, muitas quase a totalidade somente vão entender o que lhes aconteceu (perda do filho) depois de sofrerem bastante, por causa de suas ignorâncias e desconhecimentos de si próprias.

Muitas mulheres esquecem que são seres sociais e que naturalmente tem instintos apegados à matéria e decidem viver o que não são e, o que nunca se prepararam para viver.

Fica difícil uma Mãe ausente (alimentar e dar carinho não basta) entender a passagem do filho, provocada pela droga. A morte violenta é a que mais incomoda as mães.

O primeiro passo para que a presença de uma Mãe seja marcante, é na hora da alimentação. Todos devem comer na mesma hora, na mesa, sem televisão ou rádio, ou qualquer outra coisa que distraia a atenção sobre o alimento. Pois é nesta hora que o instinto toma conta da matéria, e é muito mais fácil ela educar e orientar. Quem não sabe se alimentar, desconhece seu Deus, aliás, sequer se importa com a presença dele ou não. Pode parecer uma afirmação sem sentido mas é a mais pura das verdades.

Então quem não soube alimentar o próprio filho com conhecimentos, valores e conceitos éticos e morais, haverá de chorar sangue, mas não conseguirá entender que após a morte tudo muda. E, ela não poderá consertar ou modificar as atitudes que tomou ou não.

Uma Mãe ausente é mais fácil de encontrar do que você possa imaginar.

A ausência da Mãe não pode ser suprimida, ou compensada por carinho excessivo em poucos momentos, mas pouco em muitos momentos.

Pensem nisto e feche a sua boca quando você falar que trabalha para sustentar e dar tudo de bom e de melhor para que seu filho possa viver. Você poderá estar incorrendo no mais cruel abandono; aquele do filho que está ao seu lado. Muitas vezes se abandona o filho que está ao seu lado. Se você acredita que seu filho está sendo bem cuidado porque faz lição de casa enquanto você assiste televisão ou faz comida, está redondamente enganada. A presença física nunca significou muita coisa quando nas relações não produzem escolhas ou diálogos.

De qualquer forma, sempre haverão professoras para serem culpadas pela educação dos filhos e, sempre haverão mães para serem culpadas pelo abandono.

Pense nisto, reflita, e, nunca deixe de se depilar, arrumar ou se produzir, porque da mesma forma que isto faz falta pra você, você também faz falta para o seu filho.

Ah! E, também deixe de usar no Orkut, nomes sugestivos ou frases de efeito tipo “luto eterno”, "saudades eternas". Seja mais criativa, eduque o seu interior, estude e pratique em você uma transformação para que você possa entender como foi a vida de seu filho enquanto ele estava ao seu lado.

Não adianta se você fez “cagada” na educação vai ter que assumir e limpar, afinal o filho não se perde em drogas e vícios ou violência sozinho e, é impossível uma Mãe presente não saber ou sentir o que ele está vivendo. Ora, hipocrisia à parte, se você não sabia que seu filho era um viciado ou um dependente químico, não adianta querer santificá-lo agora porque você era a Mãe, e cabia a você cuidar dele.

Ainda que você se esconda ou esconda suas incapacidades e sua vergonha atrás de palavras de efeito, a passagem de seu filho pela vida já se consumou. Isto não tem retorno, cabe a você agora erguer-se e correr atrás de entender sem agredir ninguém, porque o problema é somente seu.

Léo S.Bella    06/02/2010



Sabe, tem algumas mães que eu gostaria de citar aqui, mas vou citar apenas uma Mãe. Uma mulher de seus vinte e poucos anos, linda, doce e delicada que mora na Bahia e, que teve uma menina chamada Malu. Seu nome é Valdilene, minha querida amiga.

Citei Valdilene porque sua história é de sofrimento, mas em seu coração sempre reinou a paz e a alegria. Malu se foi, muito precocemente vitimada por uma doença, mas Valdilene nunca se entregou...

Se você quiser contar sua história, abrir seu coração, ou ver sua história publicada no Blog MÃE DE ANJO, envie para o email maedeanjo@gmail.com. E, ela será publicada.

Olá minha amiga Tereza Barra, hoje recebi comentários elogiosos à respeito da Prece de Anisio. Creio que esta Prece de seu filho está ajudando muita gente. Parabéns.

Analu, dá um pc pra Mariana e, um carro também, senão a gente não consegue conversar.

Shir, fiquei realmente emocionado pelo comentário que você fez de meu livro À procura da Luz.

Léo S.Bella     06/02/2010