Pesquisar este blog

As Asas do Condor


Durante muitos anos,o Condor se preparou para voar soberano pelos Ares, em todas as camadas; em todas as direções cobrindo longas distâncias, aproveitando para construir sua sabedoria...
Durante estas andanças, o mundo passou sob suas Asas e ele apenas observou, parecendo distante, porém utilizando-se de todos os seus sentidos apreciou cada detalhe em sua viagem .
Pela sabedoria,construída através dos tempos, tornou-se naturalmente conhecedor de todos os segredos...
Sob o que foi observado é que vamos falar...
Sejam muito bem vindos ..
O CONDOR....

contador


contador

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Uma mensagem que recebi.

Uma palavra para a Mãe, e para a minha Mãe!







“Ola caminhante , eu preciso falar.


Exerci o papel de filho até que um acidente de automóvel me tirou da vida. Durante todos os anos que vivi, fui filho e respeitei a vida e a forma de viver de minha Mãe, até porque eu não tinha conhecimento nem sabedoria se poderia ou deveria julgá-la ou não.


Muitas vezes eu questionei minha Mãe e a forma dela encarar sua vida, minha vida , a vida de meu pai ,a vida de meus irmãos e a vida dela.


Tudo isto logicamente faz parte de um passado, de um passado que eu vivi e que de alguma forma me marcou profundamente, até por não entender que não são as relações entre as pessoas que determinam o dia seguinte , mas sim o que elas sentem e trazem escondidos dentro de peito. Minha relação com minha Mãe, talvez tenha se encerrado logo no início da adolescência, onde eu descobri na rua mais solidariedade do que dentro de minha casa. Em casa, somente cobranças que eu não entendia, e por isto acho que preferia viver longe administrando minha solidão do que encerrado dentro de quatro paredes, recebendo cobranças, para que eu me tornasse produtivo.


Um dia me magoei bastante com a cobrança, e entendi que naquela família eu significava despesas e portanto deveria comparecer sempre com o dinheiro para pagar minha subsistência...


O choque não foi eu descobrir que meu valor era o que eu custava, mas o que eu deveria entregar para pagar o meu sustento.


Logicamente, com um emprego humilde, e iniciando a vida meus passos se tornavam caros e eu não conseguia cumprir com o pagamento.


E, tudo aquilo soava falso, quando no silêncio de meu quarto eu fazia minhas reflexões e compreendia que não havia amor... O dia que eu podia dar dinheiro à Mãe, ela me olhava e sorria bastante, mas caso contrario, o dia que eu não pudesse cooperar, eu estava em desgraça e era o alvo de todo xingamento.


Para complicar mais ainda, meu pai, enveredava cada dia mais para a bebida e mais ausente se fazia, enquanto meu irmão se acabava nas drogas, e eu tinha que buscar conforto fora de casa.Um dia u’a outra Mãe, me adotou, e se dispôs a me ouvir e a aconselhar, e eu sempre que podia, tentava seguir seus conselhos, mas o que eu sentia falta mesmo era o carinho que não tinha em casa.


Agora tudo passou, meus passos seguem adiante e me sinto idolatrado por minha Mãe verdadeira, apesar de quando eu estava vivo pouco valor ela me dava.


Mas isto não importa , o que importa é que acho que ela agora se deu conta de que perdeu um filho e se arrepende de não ter me amado como eu a amava.


Interessante a vida que eu levei, acho que foi toda ao contrario. A Mãe que me deu à luz, não foi a que me suportou e orientou quando tive todas as dúvidas... e, também o que mais eu penso é que tive que sair de casa par aprender o que era o Amor , sendo que o ódio aprendi dentro de casa.


Não quero falar mais do que isto, Caminhante, apenas isto para que eu possa arejar meu espírito cansado e seguir viagem, pois agora que estou em paz devo seguir sempre em frente e não retornar ao passado para sentir a revolta que um dia foi meu objetivo de vida.


Que Deus proteja ambas as Mães, mas evidentemente que meu carinho por minha segunda Mãe é inegável.


Não quero que divulgue meu nome, nem minha situação, porque de alguma forma não quero magoar nenhuma de minhas Mães, até porque aqui e agora, vejo tudo de uma forma diferente.


Um espírito que luta para seguir...”










Muitas vezes eu escrevi textos ou psicografia como queiram, ou até algumas palavras ajuntadas em forma de texto.


Em todas estas vezes teve endereço certo, raríssimas exceções, então vou respeitar a vontade deste amigo anjo, até porque minha posição aqui é de ser apenas um mensageiro.


Léo

Um comentário:

adriana ramos cruz disse...

Bom dia Léo, nossa me emocionei com esse rapaz, passei por periodos assim de angustia e duvidas quando eu era pequena, talvez me sentisse perdida como ele, sempre fui muito carinhosa, meiga, nunca briguei na escola, uma criança e adolescente muito doce, mais tinha periodos que eu ia buscar conforto,amizade de pessoas mais velhas, talvez eu nao me sentisse bem conversando com pessoas de dentro da minha familia, apesar de ama-los muito, esse rapaz sofreu muito, só quem passa por essa situaçao é que pode falar alguma coisa, eu me trancava no quarto com meus livros,preferia ficar na escola ate tarde ajudando minha professora que me dava atençaõ, amor e tb me aconselhava ou na praia sentada sozinha, sempre passava gente por perto e eu conversava assim passava meu dia, ou trabalhando com meus pais em comercio, vivia sorrindo e ajudando os outros em alguma situaçao dificil ou dando conselhos, eu sempre me senti amada, mais sempre pelos de fora, então conheci meu marido, ele me amou do jeito que eu era, doce, terna e muito ingenua, nao tinha maldade e nunca guardei coisas ruins no coraçao...beijos Léo!