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As Asas do Condor


Durante muitos anos,o Condor se preparou para voar soberano pelos Ares, em todas as camadas; em todas as direções cobrindo longas distâncias, aproveitando para construir sua sabedoria...
Durante estas andanças, o mundo passou sob suas Asas e ele apenas observou, parecendo distante, porém utilizando-se de todos os seus sentidos apreciou cada detalhe em sua viagem .
Pela sabedoria,construída através dos tempos, tornou-se naturalmente conhecedor de todos os segredos...
Sob o que foi observado é que vamos falar...
Sejam muito bem vindos ..
O CONDOR....

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sábado, 28 de novembro de 2009

A mulher e Deus

A mulher andarilha e Deus!











Reza a Lenda que u’a Mãe percorreu toda a Terra atrás do filho que lhe tinham roubado...e em todo canto que ia, procurava por Deus, para poder interrogá-lo.Foram vários anos de peregrinação, foram mais de 50 anos e, um dia a Mãe que naquela altura dos acontecimentos já tinha mais de 70 anos, enquanto caminhava na beira da estrada viu uma capelinha e algo reluzente La dentro, então ela se aproximou e quando estava bem pertinho viu uma imagem e uma vela acesa.


Ela pegou a imagem na mão como se quisesse entender ou saber o nome do santo, e sem conseguir identificar nada, pegou a vela apagou e a guardou...


Andou alguns passos e ouviu:


-Ei Andarilha!, por que pegaste a estatua, apagaste a vela e a roubaste de minha capela?


A mulher, não se abalou, e vagarosamente virou-se para ver quem a interpelara... mas não havia ninguém.Pôs -se a caminhar e novamente a pergunta , então ela diz quem é você apareça porque não estou para brincadeira.


E, a voz disse: - já fiz minha pergunta.


A velha senhora então apóia-se num cajado que usava para sua caminhada e diz:


-Realmente, peguei a imagem em minha mão, mas como não sabia de qual santo era e, também porque não me pertencia, eu a deixei escondida dentro do altar para que ninguém a levasse.


-E quanto a vela- diz a voz:


-Eu a apaguei e trouxe comigo, porque em noites escuras eu posso fazer uso dela, mais do que ela se queimar sozinha dentro da capelinha.


-Mulher, por que Caminhas durante toda sua vida?


-Caminho para procurar e encontrar meu filho que Deus o roubou de mim...


-Eu não roubei nada de ninguém!!!


-Você é Deus - a levantando o cajado ameaçadoramente, disse :- então apareça!!!, apareça que você vai ter que me explicar porque passei a vida inteira procurando por meu filho...


-Estou aqui, mulher, a seus pés.


E a mulher olhou e viu a figura de Deus tão pequenina que ela teve que abaixar-se para ver Deus e de joelhos ainda tinha dificuldades para vê-lo.


-Mas você é muito pequeno e pouca coisa maior do que um grão de areia..


-Não subestime o tamanho de um grão de areia, porque dentro deles existem bilhões de átomos prontos para uma reação... e, você disse que nunca se ajoelharia na presença de Deus, então ajoelhou-se na presença de Deus e de um grão de areia.






-Por que você roubou meu filho? Por que o levou ? porque tirou a vida dele?


-Eu não fiz nada diferente do que você fez.Eu apenas vi seu filho abandonado à própria sorte, o recolhi e o coloquei dentro de seu coração para quando você o procurasse ele estivesse são e salvo...


-Mas e a vela que peguei?


-A vela ,Querida Andarilha, é um lume, é uma forma de você entender que apesar de toda a escuridão que você estiver ou viver, ela sempre será uma direção, afinal foi ela que a trouxe aqui para me encontrar.


“As Mães, verdadeiras, sempre acompanham seus filhos par e passo e, sabem como lançar sobre eles suas bênçãos protetoras; as que abandonam seus filhos à própria sorte, não sabem que eles contam apenas com Deus para ampará-los e, Deus tem suas métricas, suas regras e, seus motivos próprios e Divinos, e, não cabe a ninguém questioná-los”.


A vida vista assim parece ser dura, mas, mais duro do que a vida são as Mães que esquecem os filhos dentro do carro fechado, das que dormem e esmagam seus filhos na cama, das que esquecem seu filho brincando na garagem do prédio e o carro o atropela, das que não se preocupam em segurar as mãos de seus filhos quando estes atravessam a rua, ET. Etc. etc.


Haverá, entretanto, alguém do alto de sua hipocrisia que dirá ainda:“...mas quem esta sendo castigado é a Mãe, com a morte do filho pelos acidentes, então o sofrimento dela será eterno... não há porque se pensar em culpa...”


Eu não penso em culpa, menos ainda em culpá-las, mas uma coisa eu sei, no mínimo, não deveriam ser Mães... até porque tudo me leva a crer que não existe sofrimento eterno, pois o sofrimento existe apenas enquanto dura, ou seja quando houver algo novo e de importância superior ele deixará de existir. Sabe muitas vezes uma nova paixão que provoca efervescência na vida, pode fazer com que a perda de um filho seja minimizada.


Na vida tudo é cíclico , até as formas de sofrer.






Léo

Um comentário:

JANE FREITAS disse...

Muito bonito seu blog gostei desse poema tenho um poema que se chama ANDARILHA ,visite meu blog será muito bem vindojanefreitas.blogspot.com
SENTIMENTALIDADES E A POESIA DO HORIZONTE abraços..