Quando tudo não importar mais que a saudade...
Léo S.Bella
25/07/2012
De alguma forma a saudade pode tomar conta de sua vida
definitivamente e, se isto acontecer todos os seus caminhos haverão de fechar e
você não conseguirá seguir mais à frente...
Isto não é um vaticino, ou adivinhação, mas sim fruto de anos
da vivência por todos os caminhos desta vida. Mas você pode acreditar que seja fruto de algum tipo de bruxaria,
simplesmente porque não detém dentro de seus conhecimentos o Saber que lhe
permitirá conhecer a Saudade.
Saudade, é uma forma de sentir abstratamente o que um dia foi
material ao seu lado.
Não se tem saudades de uma conversa, nem de um abraço, mas se
sente saudades pela ausência... A ausência de alguém ao seu lado pode provocar
e desencadear um processo no qual o outro (ausente) seja mais importante do que
sua própria presença.
É como querer viver sempre e afirmar pela negativa.
Não se pode negar alguém que está ausente, da mesma forma não
se pode negar a própria presença, apenas por achar que ignorar é o bastante
para mudar o curso de todas as coisas.
É preciso, muitas vezes respirar filosofia... devaneios e eflúvios
produzidos por restos de memória, para poder entender o que é mais importante
na vida: a saudade, ou a capacidade de sentí-la...
Transformar saudade em
forma de vida é desprezar a própria consciência e negar o próprio livre
arbítrio como se ele não fosse necessário
para a sobrevivência humana. E, mais, é colocar-se na linha de tiro sendo o próprio
atirador. É o verdugo executando a si próprio.
É preciso conhecer e saber sentir a saudade em todas as suas
nuances para não ser levado ao extremismo de não entender a própria vida e
exclamar... ”por que comigo? Por que eu??
Perguntas que refletem a incapacidade do ser humano em querer
viver apenas como ser humano.
Se colocar como a pessoa mais importante do Universo, dentro
do próprio Universo é devaneio, mas querer colocar-se como a mais importante do
Universo, no Universo alheio, é loucura... é destemperança... é o caminho mais
curto em direção ao auto–flagelo e, à própria destruição...
Quem comete suicídio sacrifica e penaliza quem está ao lado,
porém quem deixa a própria vida à mercê da saudade, se destrói e, consequentemente se
torna um péssimo amigo, e companheiro, até porque se ama mais do que a própria família.
Amar-se... talvez este seja o grande dilema da vida.
Até que ponto o Amor próprio
não se torna pernicioso, ou perigoso para a própria sobrevivência...?
Até que ponto então, a saudade é saudável e se presta para a
vida?
Tudo isto e muito mais você poderá descobrir durante a sua
existência... afinal tudo nesta vida é saudável enquanto não se tornar
prejudicial à saúde.
É como o cigarro... se você ao sentir dores nas pernas e resolver
parar de fumar, não pare, porque nada vai adiantar, suas pernas serão amputadas
pela falta de circulação de qualquer maneira... e seu pulmão deixará de oxigenar
seu cérebro e, sua vida será apagada lentamente... isto porque depois que a sua saúde se tornar o centro de sua
vida, nada mais importará.
Pense sobre isto,
reflita e raciocine enquanto você pode sentir saudades e caminhar livremente
diante de uma cadeira de rodas.
Léo S.Bella
25/07/2012
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