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As Asas do Condor


Durante muitos anos,o Condor se preparou para voar soberano pelos Ares, em todas as camadas; em todas as direções cobrindo longas distâncias, aproveitando para construir sua sabedoria...
Durante estas andanças, o mundo passou sob suas Asas e ele apenas observou, parecendo distante, porém utilizando-se de todos os seus sentidos apreciou cada detalhe em sua viagem .
Pela sabedoria,construída através dos tempos, tornou-se naturalmente conhecedor de todos os segredos...
Sob o que foi observado é que vamos falar...
Sejam muito bem vindos ..
O CONDOR....

contador


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sábado, 15 de janeiro de 2011

Mergulho na solidão


Mergulhar na solidão, é mergulhar num poço e ficar esperando o momento de tocar a água e isto nunca acontecer.
É uma eterna espera.
É uma viagem em direção ao infinito sem sair do lugar...
É uma viagem de espera, sem partida e nem chegada. ´
É o mesmo que querer aproximar infinitamente um número do outro, pela ultima casa.... Infinitos 9 e, o ultimo, o numero 8 é o numero do infinito porque nunca será um nove.
Um mergulho na solidão é o melhor passaporte para a síndrome do medo que sustenta o pânico e que sustenta o insustentável dentro do ser.
É um mergulho silencioso, mas a solidão não é silenciosa, por isto sempre jhaverá uma chance de volta, de retorno, de refazer o caminho, de reerguer e provar de uma nova estrada, e também sentir novos ventos, ter novos amores, e produzir novos filhos.
Filhos nos deixam na solidão, quando  acham que sabem o que querem, ou, quando morrem  e, nos deixam procurando a vida entre dois momentos. O momento do nascer e do morrer,. O momento do mergulho e o momento que será possível tocar o fundo do poço.
 Mas, talvez como o poço, ou a luta do numero oito em querer transmutar-se em nove, um mergulho na solidão seja um momento eterno, ainda que dure um chiste.
Reflita sobre isto em todos os momentos até quando estiver desvestindo-se para que a nudez tome conta de sua vida e a governe por um pequeno instante, que pode ser também um lapso de tempo eterno.



 Léo s. bella


3 comentários:

Léa disse...

1- Mergulhei em suas palavras para sentir a pura sensação desta forma de solidão expressas neste espaço infinito de seu blog. Não sou íntima do português para declamar em perfeita ordem gramatical o que desejo tanto compartilhar, talvez, não seja ser a primeira pessoa e nem única nesta limitação pelo o acanhamento, timidez, ou, no fundo escondida no próprio orgulho... Seja lá o que for, cada um sabe de si, mesmo que se sabota! Sem intento, na inocência quero me arriscar à exposição, a revelação dos efeitos que reagem na minha razão e emoção.

Léa disse...

2- Hoje estou solta dos meus próprios prés e pós julgamentos. Na luz, novamente me atrevo arriscar e a arranhar um português mal escrito, talvez, poderá até ser mal interpretado as minhas palavras pelos seus leitores, devido a sede deles pela a curiosidade de ter apenas a vontade de saber o superficial, ou seja, estão na ausência do desejo mais profundo de suas sensibilidades, para permitir a energia das palavras penetrar, intrinsecamente e deixar penetrar em seu bom senso de espírito, a verdadeira realidade do que é, e pra que serve a solidão.
Léo em suma, as suas palavras bem ditas, por elas também quero compartilhar dizendo que; a pior da solidão que possa ser ou ter (não vou aprofundar nos sentidos destes verbos) em uma pessoa é simplesmente ignorar, evitar e até mesmo desprezar a sua própria companinha para si, consigo sua imagem, tal ignorância de presença, faz também, tornar-se inimigo de sua própria identidade, conseqüentemente faz-se buscá-lo na convivência com outro (pessoa ou coisa) o desejo impróprio de querer viver a identidade alheia e na forma mais grotesca para compreensão. Traduzindo de uma forma mais grotesca, denominarei tal ato como a famosa síndrome do “vampirismo”. A solidão por outro lado, não poderá ser anulada de nossa convivência, com ela, temos o espaço infinito para nos construirmos e transcendermos para além de nossa existência, pois no momento que aceito minha solidão é o mesmo que me permitir para o autoconhecimento da minha personalidade e fundar minha identidade com autenticidade. Ao contrário, a solidão é confundida e se torna perversa, vilã, um poço vazio para mim. Portanto quando deixo de reconhecer os meus princípios éticos e morais, com isso, minhas responsabilidades deixam de ser promissoras. Como e pra que negar a nossa essência para a existência da qual se espera? Sinto que sou e estou programada para Estar Sendo em um eterno Vir a Ser, sou o Verbo que a Natureza Infinita me permitiu ecologicamente explorar. Não posso negar que sou o fenômeno da natureza. Sou a essência entre a relação com mundo, sou um ser em relação, sou ser pensante em plasticidade, pois tudo se constrói na relação. Atenção, se me nego for ou ser esta essência na relação de raciocínio com alteridade no “Elan Vital” do Eu-Tu e Eu-Mundo, então sim, entrarei neste poço vazio e fundo como diz você Léo: “Mergulhar na solidão, é mergulhar num poço e ficar esperando o momento de tocar a água e isto nunca acontecer.” Esta citação é fantástica!!
Minha sensibilidade compreendeu que o nosso caráter são as nossas experiências do mundo e com o mundo, assim, vai gerar vivências de forma mais privativa, esta, quando permitida por nós poderá ser renovada todas as instâncias de nossa vida. Para fins, justifico de modo plausível as suas palavras Léo, e retomo a dizer que a solidão é a busca de conhecer, reconhecer a si próprio, saber quem Eu Sou e Qual é a minha identidade. A solidão é o espelho interior da nossa Pessoa, da qual não se quebra. Entretanto não é inatingível, por sinal a lucidez de seu brilho revelado no espelho, poderá ser apagado, desvitalizado pela própria imagem refletida nele a ausência de si, dominado pelo oco da solidão um dos piores dos seus vilões: O VAZIO EXISTENCIAL, isto é, o mesmo que está morto vivo, inerte diante da vida.
Léo se meu Espaço é único, pra que o Tempo é divido em Três Tempos, Passado, Presente e Futuro? Em único espaço não se cabe três elementos ao mesmo tempo. Como farei ou faço para caber meu Tempo dividido em Três tempos no mesmo espaço?
Será que “esquizofreginizei o Tempo e o Espaço?” O que será o Duplo Vínculo na relação do Ser como o mundo?

Léa

o Condor disse...

Eu sempre penso nisto Léa:
Na razão direta para a compreensão humana, o tríduo é necessário.
Pai, filho, espírito santo (que eu particularmente substituiria por mãe)
O real, O simbólico e o imaginário.
Terra, água e ar...
Os três porquinhos eheheheheheh
Presente, passado e futuro, então, seriam faces da mesma moeda.
Um dos lados o passado, outro lado o futuro e, o que sustenta e separa ambos os lados, ou seja a essência, é o presente...
Quando se desfizer o presente, passado e futuro não terão mais existência.
É tão complexa e apaixonante esta relação entre a essência e todos os tempos que quanto mais se viajar nela mais se fica dependente desta interpretação para poder digerir e consumir a própria vida, se provocar uma questão: a existência de um deus.
É serio isto, porque esquizofrenia assola deuses... pelas suas visões, seus comportamentos, suas conclusões e até pela vida impar e irreal que lhes são atribuídas, mas eles são normais e adorados.
Mas Deus também provoca “sensações “ esquizofrênicas quando se torna onipresente onipotente e, onisciente.
Talvez os gregos tenham querido dizer “dividir” ,”separar” Corpo e Alma, como sendo as faces da mesma moeda. Esquizofrenia, entretanto fosse a essência que une as duas face.
Interessante novamente o tríduo.
Interessante a forma como você se refere ao tempo e suas relações entre Passado, Presente e Futuro, mas sempre tenho minhas duvidas e não ouço afirmar que tudo é presente, porque dentro de mim existe um quarto tempo.
Um tempo onde as sensações o despem de quaisquer possibilidades de ser medido, porque afinal em cada momento ele tem um valor.Porque nunca esta atrelado a um espaço comensurável fisicamente.
Este quarto tempo não o vejo atrelado à presente passado ou futuro, mas sinto que ele em sua essência se completa dos outros três.
Eu o uso para entender o que não é possível entender dentro de mundo físico e material.
Minhas sensações então vivem dentro desta esfera atemporal.
Como explicar?. Não sei explicar, sei como vivê-las, porque é através deste quarto tempo que posso fazer parte de sua vida. Não sou seu passado, seu presente, nem seu futuro, mas vivo em você em todos estes momentos.
Não vou transformar isto aqui numa conversa de “maluco” , rs, até porque se eu rejeitar a existência de um futuro, nunca vou poder sonhar em receber um abraço seu.
Por ouro lado se eu rejeitar a existência de passado, seria como estar desmemoriado e nunca ter visto como é lindo o seu sorriso.
Portanto ainda que você tenha sido brilhante na colocação, eu apenas discordo como Ser, pois como Espírito ou Alma, estou apenas engatinhando e acredito que preciso muito viver como “recheio” de moeda.
Talvez no fim de tudo não seja o presente que importa mas hoje, ele é determinante. Também a idéia de tempo atrelado ao espaço somente tem sentido se você pensar em vida terrena. Mas mesmo assim, você dentro de seu espaço e de seu tempo e, eu, dentro de meu espaço e meu tempo, podemos nos tocar através de nossas idéias e dos frutos que plantarmos mutuamente dentro de nossas essências. Afinal seria interessante viver este quarto tempo.
Ah. Obrigado por você dividir-se comigo e com meus leitores. Isto é fantástico. Sem palavras.
Léo s. bella