Refletindo com você

Sou uma forma de pensar, portanto sou o que tenho em minha mente...



Aceito todas as suas palavras como sendo uma forma de você enviar para mim suas energias, porém o que não aceito é ser induzido a fazer coisas através de suas palavras, pois elas formam suas idéias e não consigo absorver conceitos vagos, estabelecidos empiricamente, como se tudo pudesse ser resumido durante o tempo de uma vida humana apenas.

É como falar de deuses e ETs. O que há de importante nisto quando desconhecemos nosso planeta e, sequer sabemos como resolver o problema dos lixos que produzimos.

Então elucubrar sobre extraterrestres, não é tão eficaz quanto meditar sobre a explosão demográfica, saneamento básico, sem falar em segurança, educação, moral e ética.

Então, não sou um cético em relação à uma outra forma de vida, apenas não aceito um ET, da forma que todos supõe, porém não discuto a existência de uma outra forma de vida como forma de vida aqui nesta Terra. Muitos vivem de especulações e, de descreverem outras vidas, então nesta discussão eu não quero entrar, pois me parece mais viável uma forma de vida energética, vinculada à nossa própria vida. Uma forma de vida diferente onde não existe matéria, mas tenha massa e energia; ou seja uma vida em forma de luz.

Os relatos de uma forma de vida extraterrestre, de certa forma nos envolve e nos leva a acreditar que possam existir realmente e, até estarmos sendo vigiados ou, mesmo, convivendo com algumas delas.

Eu não creio que as coisas se dêem desta forma, nem nestas neuras que são provocadas pelo inconsciente coletivo.

Minha crença é um pouco mais profunda, um pouco mais solidificada sobre os conhecimentos aliados às evidências. Eu creio nos mundos dos opostos onde sempre há uma paridade igual e contrária à realidade vivida.

Isto são meus pensamentos e, estes pensamentos são os que povoam minha mente porque estão intimamente ligado ao que vivo e ao que vivi, então meu passado é tão importante para minha vida futura, como o ar que respiro.


Olá, minha amiga Ana Helena, Mãe do Anjo Lia Gabriela.

Não ouso procurar respostas para justificar à você o passamento de sua filha.

Não sou, nem tenho o dom de justificar tudo como se fosse obra de Deus.

Em meus pensamentos e, pelo tudo que já vivi, acho que o revés da moeda, também interfere no curso natural das coisas, porque nada está escrito com tinta definitiva, quando muito existe um rascunho.

Então, de alguma forma, quando você se depara com a impactante e inopinada doença de Lia Gabriela e, fogem ao controle da medicina a exterminação da doença, eu reflito e pondero: “a vida tem muitos mistérios... e, aos homens, não basta saber que eles existem, mas procurar desvendá-los talvez para demonstrar que Deus pode ser previsível".

Porém, nas escritas que se fazem durante a vida, e que um dia transformar-se-ão em sabedoria, não contém, “tudo pode ser previsto e desfeito”.

Ana Helena, não vou procurar consolar você, porque acho que mães que perderam seus filhos não devem serem consoladas, mas esclarecidas. Não vou questionar sua dor, porque cada qual sente a dor de uma forma, e de um jeito peculiar.

Em seu Orkut você escreveu: ”Não me diga que você sabe o que eu estou sentindo, pois você não sabe e espero que nunca saiba, que nunca possa sentir esta dor tão cruel. Não me digas que ela está com DEUS e que eu devo ser feliz, quando meus braços sofrem por não segurá-la. Por favor não me digas que DEUS precisou de outro anjo. É duro pra mim compreender porque DEUS me tirou um ser tão querido e amado. Talvez eu compreenderei mais tarde, mas agora não.”

Acho que entendi o seu recado, então minha amiga pouco tenho a acrescentar à sua sabedoria, apenas que o tempo é esclarecedor e necessário para que tudo se acomode.

Li e reli os depoimentos que você me mandou. Tentei entender nas entrelinhas porque a revolta contida não se resumia à morte de Lia e, em muitos momentos me pareceu que você buscava entender o que acontecera para só então retomar sua vida.

Então minha amiga, talvez você não precise de palavra alguma minha; talvez eu não tenha sequer uma palavra que a faça refletir neste momento e a coloque friamente diante dos fatos acontecidos para entender que a vida sempre continua e, que vítima foi a sua filha e, que à você cabe seguir e encarar sua vida com mais fé ainda, para cuidar dos que restaram.

Acredito, entretanto, que o tempo será responsável por todas as transformações em sua vida, sejam elas boas ou ruins. E, que neste momento é necessário você se docilizar e, atentar para sua vida e espiritualidade porque a matéria você sabe que é finita.

Durante muitos anos eu estou nesta estrada, caminhando dos dois lados da vida. Estou calejado demais para me deixar envolver por palavras de desabafo lançadas inconseqüentemente em todas as direções, porque sei que é o passado que abre as portas do futuro, então resgatar e contemplar lembranças é tão importante quanto viver, porém sofrer com medo de rememorar, ou de se julgar por algum ato falho não significa nada, se as conclusões tiradas não significarem nada no futuro.

Chorar a morte é necessário, para que a matéria possa se despedir da matéria, porém, continuar chorando eternamente a morte de um filho, é o mesmo que a cada momento renegar a onipotência de Deus.

Não sou um pregador, apenas um paranormal que segue seus caminhos em direção ao futuro, por isso não tenho receio de falar explicitamente a verdade porque não vivo de seguidores, pois, Minha jornada sempre será árdua, ainda que sozinho.

“Sou uma forma de pensar, portanto sou o que tenho em minha mente”.

Ana Helena, como disse, minhas palavras não lhe farão falta, mas minha capacidade de ouví-la, calado, contestando idéias e não enfiando conceitos em sua cabeça, isto sim eu sei que lhe falta.

Hoje é dia 20 de abril de 2010, são 11h30' da manhã. Vou continuar caminhando em minha montanha mágica, porque tenho muito trabalho a fazer... afinal ouvir os Anjos requer muita dedicação, disciplina e obstinação, porque eles nem sempre falam o que seus pais querem ouvir, porque são verdadeiros e, não se curvam a palavras de convencimento.

Léo


MEUS RECADOS DE HOJE:

Olá Teresa, Ari pais de Anísio!

Meus queridos pais, minha preocupação com vocês é constante, porque sei da falta que faço entre vocês, para tranqüilizá-los até com as provisões.

Você sabem meu jeito de ser, e sabem também que de alguma forma eu haverei de dar-lhes Assistência.

Deus sabe o quanto eu peço para que vocês não sofram falta alguma, e até me dedico ao trabalho que tenho de encaminhar os que, em algum momento estão descrentes da própria vida.

Meus pais, não se sintam solitários nem atingidos por Deus pela minha ausência. Neste ano e quatro meses que me afastei de vocês pela morte, saibam verdadeiramente eu em todos os momentos meus pensamentos sempre se dirigiram a vocês e, à estabilidade.

Não foi fácil pra mim também, da mesma forma como não está sendo fácil para você e meu Pai, portanto eu lhes peço que procurem entender suas vidas para poderem entender Deus e, não entender Deus para poderem entender suas vidas.

Vocês de certa forma estão ajudando muita gente com a compreensão que tem, porém, precisam é ajudarem-se mutuamente para que eu possa, mesmo distante, estar sempre presente e junto de vocês.

Eu também sinto a ausência de minha filha e muitas saudades, mas tenho que lutar contra isto todos os dias, pois sei que tinha que ser assim.

Pai, Mãe, amo vocês, talvez um dia possa falar com minha irmã, quando ela estiver receptiva.

“Todo homem que caminha em direção à fé, produz sua própria Luz e, além de iluminar a si, ilumina à todos os que estiverem perto”. É nisto que eu creio,

Anísio.


Olá Tereza, Mãe de Thiago

O primeiro passo você já deu minha amiga, reconhecendo ter deixado de viver por causa de um filho que partiu e, abandonando sua família.

Este foi o mais difícil, reconhecer.

Muitos outros passos haverão a serem dados em direção à reconquista e, eu tenho certeza que você poderá ter sucesso e êxito, afinal, minha amiga, tua familia a ama, e sente muito sua ausência.

Seja você, apenas você, sem se importar em ter que forçar ou inventar uma situação, Thiago está muito bem, talvez, logo possa falar.

Léo




Olá Gisele – irmã de Gislaine –

Você precisa demonstrar agora que é capaz de erguer sua cabeça e caminhar em direção ao futuro e não se deixar abater por idéias que não contribuem para que você continue vivendo.

A vida, minha querida amiguinha é assim mesmo, existem momentos em que a tragédia nos leva um pedaço, porém, se não entendermos isto nunca poderemos ser felizes, e uma pessoa sem felicidade não faz mal só a si, mas à todos que estão à sua volta.

Léo S.Bella     20/04/2010