Por que não se fala claramente sobre o aborto?
Léo S.Bella
13/09/2012
Por que revestem este ato de uma mística que não existe?
Porque é mais fácil condenar do que entender e discutir, não o que se pode
fazer, mas como evitá-lo?
Não é uma questão social apenas.
Não é uma questão divina, ou religiosa, ou doutrinária.
Não é uma mera questão jurídica que careça de legislação
para ser regulamentada.
É muito menos interessante para uma única pessoa, no caso a
Mãe, do que para qualquer outra pessoa que pareça envolvida no assunto.
Você pode até se indignar, se revoltar, se insurgir contra,
mas você não tem Nada com isto.
Niguém lhe dá o direito nem natural nem jurídico para interferir
na relação entre Mãe e filho.
Muita hipocrisia. Justificam alguns legisladores que a
proibição do aborto vai de encontro ao “sofrimento fetal.”
Daí eu pergunto é mais importante o sofrimento de um
indivíduo que ainda não nasceu do que milhares de presos que vivem nos
presídios em condições sub humana?
É mais importante o sofrimento fetal do que o sofrimento de
milhares de pessoas que estão vivendo sem tratamento adequado em suas camas,
esperando a morte chegar?
Quem é mais importante nesta escala, o Aborto ou a Eutanásia?
Quem ousa defender um não defende o outro? Mas em minha
opinião são faces distintas da mesma moeda.
Ninguém pertence a ninguém e o direito de escolha é dado
através do livre-arbítrio. E este livre arbítrio, é coisa de Deus e, a forma de
livre expressão é garantida pela Constituição Brasileira.
Então diante destas duas formas de ver o problema nenhuma
conclusão deve ser extraída, pois existe uma terceira forma, ou uma visão que
na minha opinião é a de quem vive o problema.
Por que não se pode ter o direito de escolher a eutanásia, se o sofrimento é o de quem vive
e não de quem convive com o doente?
Por que não as Mães decidirem (sem o protecionismo hipócrita)
sobre o Aborto, se quem vive os problemas e a situação é somente ela?
Isto tudo me leva a uma reflexão: Nossos corpos pertencem ao
Estado e nossas Almas às religiões? Somos donos do que então?
Léo S.Bella
13/09/2012
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