Maria, Mãe de Dalton

Olá Maria..., Mãe de Dalton (vc... esqueceu de me falar o nome de seu filho)


Na vida nós fazemos escolhas e, são estas escolhas que nos fazem resolver e criar nossas questões... e, estas questões nos serão apresentadas pelo passado até que o futuro nos apresente o outro lado da vida, ou seja a passagem, ou o outro lado do caminho onde a porta é a própria morte.
Vivo há mais de 40 anos nesta estrada e, já encontrei pessoas de todos os tipos... pessoas que fizeram suas escolhas pela sabedoria, outras fizeram por necessidade, e ainda outras que fizeram porque achavam que deveriam fazê-las... e, todas elas indistintamente não prestaram atenção que, no momento em que fizeram as escolhas, estavam vivas e usando o “livre-arbítrio”... então as escolhas foram conscientes e, desta forma devem arcar com as conseqüências do que escolheram...
Mas, como a vida é dinâmica, o que foi escolhido no passado pode não ser a melhor escolha no futuro, então, muitas vezes bate o arrependimento e, então deseja-se modificar tudo... mas o passado é imutável; ele lhe pertence totalmente, e a menos que você consiga conviver e aprender com ele, ele será insuportável... dando-lhe a ilusão de que tudo está perdido... mas como eu disse a vida é dinâmica e a qualquer momento você poderá mudar o jogo...
A qualquer momento você poderá mudar o rumo de sua vida, porém isto não significa que você pode mudar o rumo ou a vida de uma outra pessoa, como por exemplo um filho que partiu.... através da morte...
Neste caso, lhe resta entender que agora ele mora dentro de seu coração e, você pode abraçá-lo e amá-lo do jeito que você sempre quis...
Outras coisas, minha querida amiga, não posso lhe dizer, porque não quero lhe dar falsas esperanças; nesta vida..., sei de seu desespero, mas você tem que entender que isto faz parte do aprendizado e da espiritualidade, uns aprendem a cultivar e cultuar as coisas do espírito com mais rapidez que outras pessoas e por isto sofrem menos...
Não sou ninguém pra aconselhar..., mas uma coisa eu sei, deixe de lado momentaneamente o apego à matéria, e tente buscar dentro de si a verdade de seu filho... isto far-lhe-á muito bem, porque nesta conversa franca, você poderá aclarar tudo...
Quanto a sonhar com ele, ou buscar uma psicografia será, por enquanto muito difícil, já que as circunstâncias da morte dele e da vida dela são muito complicadas para serem retomadas à esta altura da vida... então por enquanto ele não se manifesta, seria bom você se preparar espiritualmente para poder sentir esta sensação com a certeza que ele está bem no outro plano e se disciplinando...
Por outro lado, seria bom você atentar para o detalhe que a caminhada dele será mais fácil se você se empenhar em orar por ele para que a rebeldia de seu espírito se amanse diante da ausência da materialidade... e do que ele vivia...
Que Deus a proteja, nesta caminhada que será árdua, porém possibilitará a você uma compreensão do seu real papel nesta vida e, daí, então você poderá se sentir melhor ajudando outras pessoas que tem dificuldade de entender o papel do ser vivente..., daí você entenderá, também, qual a sua missão nesta vida... Porém lhe adianto, que se você quiser fugir ou se refugiar, ou se esconder através de precipitar a sua morte, tudo pode complicar no que você chama de futuro.
Estou, onde sempre estive, distante, mas nunca ausente, então posso lhe dizer que a distância nunca será obstáculo para que duas pessoas sejam separadas, sequer pela morte...
Bons Ventos minha amiga... e que Deus possa acolher seu espírito e colocar em ordem seus pensamentos e sua vida.
Léo 02/08/2009