Um Amor passageiro

Preso dentro do peito um amor passageiro...
um verdadeiro passageiro da agonia.
Escravo da noite, prisioneiro de um único dia.
Onde a Glória não representou Vitória, nem Maria, Sebastiana ou Severina...
Alias a Glória não representou nem uma mulher,
Mas um homem que se apaixonou pela história.
Apaixonar-se por uma figura vista pela janela, é muito mais normal do que carregar nos braços a mulher que um dia foi uma musa.
E uma doença intrusa e impiedosa, entrou em cena, roubou do mecenas a paz conquistada e, se fez parte de sua Arte.
Mais importante que a Arte, descobriu-se a Sorte, o Sortilégio no sacrilégio do colégio... onde o crucifixo ostentava um Deus que nunca viveu.
Mas ninguém há de querer saber do fim desta estória, nem da Glória que acabou se cansando da rua e casou-se com Caio um traficante de corpos, cuja habilidade especial era roubar cabeças de cadáveres em cemitério.


Mas todos importar-se-ão em querer saber de Maria, Mãe de Jesus.
Porque se importam com seu sofrimento e com os lamentos nunca ouvidos.
Ninguém se importa se era virgem, uma puta, ou mulher da vida nunca antes parida... Pois o que importa não é o alimento que se come, mas o alimento que sacia a fome.
Talvez por isto exista dentro do peito daquele rapaz que se dependurou no chuveiro, um Amor passageiro de uma agonia eterna e sedenta de saber por que Deus diferenciou os homens pelos sexos e, os homens se diferenciam pelo prazer...?
Isto não é congruência, mas uma incoerência daqueles que cismam e se acham no direito de descrever o mundo apenas com palavras e desprezam os sentimentos.
Na bíblia, (em todas as Bíblias), existem dois tempos, o velho e o novo, mas está na hora de ser escrito o moderno ou atual testamento.
Este testemunho tão autêntico quanto às guerras e fomes e misérias, talvez fosse capaz de reconduzir o homem em direção à essência de sua espécie e, então, ele pudesse entender que a sobrevivência humana é o que há de importante na vida.
Arrematando as palavras vou seguindo meu caminho olhando para todos os lados e caminhos encontrando milhares de escritos, manuscritos que talvez dentro de milhares de anos poderão ser transformados em testamentos ineficazes. Pois afinal, a verdade do passado nunca será imperiosa no futuro, e muitas vezes tem que ser imposta para ser reconhecida no presente.


Olá minha querida amiga Célia Di Ciesco, minha querida Agmar Rezende, minha amada amiga Tânia Maclóvia, Vanessa Ribeiro, Luciene Lu’z, Gisele e Heni, Tereza Barra, Marilda Esteves, Dra. Soraya Kasmas, Dra.Juliana, Doutorinha Sahar e, todas aqueles (as) que ousam viver em função do que acreditam.


Não estou decepcionado com os homens, porque os homens fazem o papel que lhes coube, mas estou carente de me encontrar com Deus e à queima roupa fazer uma pergunta que o obrigue à uma resposta objetiva. Por que os bons são os primeiros que morrem?
Talvez Deus nunca me respondesse esta pergunta porque diante da empáfia dele descrita no antigo testamento ele é o todo poderoso... ou seja a única verdade...


Mas então eu queria perguntar por que algumas poucas Mães tem o privilégio de receberem centenas de mensagens psicografadas de seus filhos, enquanto a grande maioria amarga uma fila para sequer saber do que morreu seu filho querido.
Tenho certeza de uma coisa... não é por merecimento, nem por culpa de alguns médiuns esquecidos e, sim porque tudo que está atrelado à matéria pode ser corrompido pelo brilho das jóias, pelos valores ou pelos favores.


Termino meu texto assim, minha querida amiga que a cada dia me faz mais cativo pela docilidade e pela capacidade que tem de analisar a vida usando de seu livre arbítrio sem medo de ser feliz.


Preso no peito de uma Mãe, segue um Amor também prisioneiro, também passageiro de uma agonia que nunca passará.
Uma agonia tal a que viveu Maria vendo seu filho ser pregado vivo porque ninguém conseguiu provar que ele era filho de Deus.
A Mãe sofre de todas as formas e sentidos e por todos os meios tenta lutar para fugir do estigma que provoca a dor eterna.
A sua única esperança é que Deus exista na eternidade e não apenas nas conversas das bíblias e das igrejas.
Pense sobre isto, mas se puder reflita e discuta.


Léo S.Bella
18/11/2010
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atendendo a minha querida amiga Tania Silva, a justa reclamação de que o espaço para o comentário é pequeno demais,  eu publico o comentário dela junto com o texto.
Quero deixar bem claro a todos que publico todos os tipos de manifestação prós e contras.
grato.

Quando li o texto “Amor Passageiro”, senti que precisava falar sobre ele, mas vi que aquele espaço para comentários no blog seria muito pequeno. Então, meu amigo muito querido, aqui vai minha análise bem pessoal: Sobre Deus Vivi grande parte da minha vida, como a maioria das pessoas, percebendo Deus como o mundo externo o coloca. Quando criança o via como um velhinho de grandes barbas brancas sentado em um trono, observando a todos, em todos os lugares, para enviar os castigos a quem os merecesse. Muitas vezes, ao barulho de um trovão, ouvi a frase: “Escuta só, o papai do céu está bravo!”. Ai de mim, e tantas crianças que ainda hoje são amedrontadas com esse Deus severo e perverso, ao qual deve-se temer. Fui crescendo, acho que com muito mais medo do que amor por Deus. Mas eu ainda o procurava, e tinha sede de encontrá-lo de outra forma, porque aquela concepção de Deus que me apresentavam não me servia. Eu não sei precisar temporalmente quando aconteceu meu despertar... acho que até que sempre tive dentro de mim outra forma de ver Deus; mas sei que graças a maneira questionadora e até rebelde que sempre me coloquei diante do que me era ensinado, é que consegui encontrá-lo como o vejo agora. Hoje, vivo um Deus presente a todo instante dentro de mim. Um Deus que não me impõe e nem me cobra nada, que me deixa livre para eu ser e fazer o que eu quiser. E sei que todas as minhas atitudes é que fazem a minha vida ser desse ou daquele jeito... sei que Deus não castiga e também não dá mais para uns do que para outros... sei que é cada um que faz seu próprio caminho, com toda a liberdade que Ele nos dá. Sobre a bíblia Vejo a bíblia como um maravilhoso livro de história que nos remete ao tempo dos povos antigos,  e como muito atual; porque nela o maior valor não é o das palavras escritas, mas da interpretação que se faz delas. Ela contém os parâmetros do viver bem, mas vai sempre depender da interpretação de cada um. Sobre os bons e a morte “Por que os bons são os primeiros que morrem?” - Será que é assim mesmo, ou será que passam a ser bons por terem morrido? - Será, ainda, que existem pessoas completamente boas ou inteiramente más? - Será que alguém pode ser bom ou mau para outra pessoa, além de si mesmo? Afinal, quem colhe de uma ação não é quem a pratica? - Será? Será? Será? Sobre mães e psicografias “Mas porque nem todos mandam mensagens?” E aí, eu pergunto: - E, enquanto vivemos aqui, porque nem todos visitam seus familiares... porque nem todos costumam se reunir para conversar... porque nem todos escrevem cartas ou e-mails? Sou uma mãe que tem o privilégio de receber muitas mensagens psicografadas. Não me vejo, por isso, melhor que outras mães; nem meu filho melhor que outros filhos. Vejo nisso, é uma grande responsabilidade: a de passar a outros a idéia da continuidade eterna da vida, porque sem isso nada faz sentido. A partida do Xikinhu acendeu dentro de mim outro tipo de luz, que vai além das fronteiras desse mundo físico, um modo de ver, de pensar e de sentir que ainda não sei expressar integralmente  em palavras. Mas estou certa de que se muito recebo, muito tenho que dar. Sei que tenho uma missão, porque  a vida e a partida do Xikinhu e nem a vida que ainda tenho a viver podem ser em vão. As mensagens que recebo não veem para ficarem guardadas como prêmio por merecimento pessoal; nem para acalentar orgulho ou vaidade. Elas chegam para serem compartilhadas, para servirem como uma espécie de janela por onde se possa vislumbrar a vida futura.