Todos cometem erros durante a vida

Todos cometem erros durante a vida.

Mas não são os erros que prejudicam a vida e, sim a forma como eles são cometidos.

Quando o dia do juízo final vier não haverá apenas uma balança, mas duas, uma para pesar os erros e outra para os acertos. Somente assim será possível acabar com as justificativas dos erros.

Estou numa rua onde um menino de 8 anos, alheio aos perigos empina uma pipa sob fios de alta tensão. De repente ele corre olhando para a pipa, tropeça e cai, se machucando todo...

Esta rua é cheia de surpresas, e à minha frente um jovem pedreiro inexperiente tenta erguer um muro, mas num movimento brusco ele coloca peso sob o muro e o muro despenca.

O mecânico jovem também se assusta e o carro não está bem calçado e também cai, por pouco não esmagando suas pernas.

Mas tudo isto pode ser consertado porque nesta rua tem um Pronto Socorro onde médicos dedicados caminham apressadamente pelos corredores cuidando de emergências.

Comecei este texto falando de erros, mas em todos os momentos deixei entrever a possibilidade de que estes erros pudessem ser consertados.

Mas eu quero falar em um tipo de erro que é muito freqüente e, que não tem como voltar atrás.

Um erro que é cabal, terminal e não admite conserto = Erro Médico.

O número de profissionais que trabalham com emergência nos postos de Pronto Socorro não é tão importante quanto a qualidade individual de cada profissional.

Muitos são recém formados e sem experiência alguma começam a carreira de médicos ganhando muito dinheiro e tendo pouca responsabilidade.

A responsabilidade de um médico novo não está na técnica que ele detém ao sair da Universidade, mas sim no perfil de jovem médico que ele detém.

Sem falar nas baladas e nas bebedeiras que tiveram durante a formação de médico, é preciso chamar a atenção que muitos tem a possibilidade de ter medicamentos e entorpecentes facilmente em suas mãos.

Aos 25 anos estão formados como médicos mas são crianças e utilizam as benesses que a profissão propicia de forma assustadora.

Carrões, alta velocidade, provocada por plantões em excesso e a correria descomedida em busca do dinheiro.

Os pais, orgulhosos, nem sempre percebem nem que os filhos estão se tornando.

A própria profissão, já facilita e exige uma certa isenção e distanciamento da dor alheia. Esta insensibilidade normalmente se faz porque a agonia do outro não é parte do procedimento.

Jovens que não contam com aparelhamento nem medicamentos necessários para curar e, isto invariavelmente deixa o paciente deitado em um leito numa sala de observação esperando que ele reaja de alguma forma.

Jovens são como nossos filhos jovens que se reúnem para uma conversa sobre nada; uma conversa descompromissada mas que em algum lugar pode ser transformada em tragédia para alguém.

Médicos, embora jovens e inexperientes trabalham sob uma linha de risco, onde a vida humana é o produto.

Será que eles se deram conta disto? Ou será que o que lhes importa mais que a presteza no atendimento e a dedicação é o procedimento e mais nada?

A vida humana não pode estar nas mãos de quem não a valorize...

A vida humana não pode ficar jogada como se não valesse nada nos corredores dos hospitais.

Um velho de 65 anos quando cai em um hospital apenas fazem de tudo para que ele não sinta dores; investigar a doença ou curar não é importante.

Ao passo que um jovem é atendido rapidamente embora tenha chegado bem depois do velho que continuará agonizando sem saber do que morrerá.

Diagnósticos... parece brincadeira mas em cada dez médicos que analisam o mesmo paciente medicamentos nem prognósticos e diagnósticos são coincidentes.

Quem tem razão, nesta relação de mentira destes maus profissionais com a medicina?

O pior de tudo é que o Universo de jovens médicos sedentos de ganharem salários polpudos trabalhando além de todos os limites é muito grande.

Seria bom se pudéssemos dizer:  isto um dia mudará, mas a cada dia, novos e mais médicos entram no mercado de trabalho.

Sem querer entrar nas questões de libertinagem e sexuais pois mais parecem animais farejando o sexo do outro, chamo a atenção para a mercadoria com que eles trabalham: são seres humanos.

Pense sobre isto para que você possa respeitando a sociedade e o médico, fazer respeitar os seus direitos de cidadão antes de você cair num leito hospitalar.

E, saiba de uma coisa o mesmo medico que atende a rede pública atende no convênio.

Leo S.Bella
23/09/2011